BioTerra

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Curiosidades... Sismos

  • No passado, as pessoas acreditavam que os sismos ocorriam quando Atlas, o titã mitológico condenado a carregar o mundo nas suas costas, encolhia os ombros.

  • O filósofo grego Aristóteles reconheceu, em 350 a.C., que os terrenos “mais moles” e menos consolidados abanavam mais do que as rochas duras.

  • O filósofo grego Séneca (a.C. 5-65 d.C.), conselheiro do Imperador Nero, no seu tratado sobre as causas dos fenómenos naturais, dedicou um capítulo inteiro aos sismos, tendo referido que eles tinham uma causa comum e que provavelmente estariam associados às trovoadas.

  • A escala de magnitude de Richter foi desenvolvida em 1935 por Charles F. Richter.

Fontes:

http://terraquegira.blogspot.com/2007/04/algumas-curiosidades-histricas-sobre.html

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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Grandes Sismos: San Francisco 1906

Local de ocorrência: EUA: Califórnia – San Francisco

Data: 18 de Abril de 1906 (5:14 h da manhã)


Magnitude: 7.9 (na Escala de Ritcher)


Intensidade: VIII (na Escala de Mercalli)





Contexto tectónico:

Tectonicamente, o estado da Califórnia encontra-se divido, a maior parte está sobre a placa Norte-Americana, que se move muito lentamente, enquanto o restante território assenta sobre a placa do Pacífico. Como a placa oceânica se desloca com uma velocidade superior à da Norte-Americana, (que se dirige para Noroeste), este movimento de fricção tem provocado uma espécie de teia de falhas e fissuras na crusta, que por sua vez, podem originar sismos.
O sismo de San Francisco 1906 foi causado por um deslizamento da Falha de Santo André, no segmento de 430 km de comprimento. As ondas sísmicas foram sentidas, desde o Sul do Estado de Oregon até Los Angeles.



Curiosidades e Observações:
  • Este sismo é conhecido como The Great San Francisco Earthquake e até ao momento, foi o maior registado nos EUA (segundo a escala de Ritcher).


  • Antes do sismo, San Francisco era a nona maior cidade americana e a população rondava os 410 000 habitantes.

  • O sismo de San Francisco 1906 teve uma duração de 28 segundos, sendo seguido de vários incêndios. Estas catástrofes destruíram cerca de 80 % da cidade.
  • O custo da tragédia, na época, foi avaliado em 400 milhões de dólares. Dos 410 000 habitantes, 225 000 ficaram desalojados e crê-se que 3000 tenham perecido.

  • Após o terramoto, o governador da Califórnia, George Pardee reuniu vários cientistas para iniciarem um programa de investigação sismológico. Verificando-se, a partir de então, um grande progresso na sismologia.

  • Este foi o primeiro sismo desta magnitude, a ser documentado por fotografias e filmes cinematográficos.
  • Um dos modestos Chalés, que fazia parte do acampamento de refugiados, foi vendido recentemente por 600 mil dólares.

  • A Falha de Santo André tem uma extensão de aproximadamente 1100 km, no Estado da Califórnia.

  • A cidade de Los Angeles encontra-se na Placa do Pacífico, enquanto que, a de São Francisco sobre a Placa Norte-Americana, devido ao movimento destas placas, os cientista prevêem que estas metrópoles se encontrem num milhão de anos.



Reflexão:

É impressionante como em 28 segundos a vida pode mudar! O sismo de San Francisco 1906 é a prova de precisamente isso, mas apesar da grande devastação causada e do elevado número de mortes, o estado da Califórnia soube a adaptar as suas construções ao contexto tectónico em que está inserido e educar as pessoas para situações deste tipo. Aqui as medidas de previsão e prevenção sísmicas têm vindo a desenvolver um papel importante, pois já atenuaram as consequências de terramotos muito destruidores que se seguiram a este! Cada cidadão comum deve saber o que fazer antes, durante e depois de um sismo, pois pode marcar a diferença entre sobreviver e morrer!


Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Terremoto_de_San_Francisco_de_1906
Moores, Eldridge; Enciclopédia a Descoberta, Volume Vulcões e terramotos, Circulo de Leitores, 2008.


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sábado, 17 de janeiro de 2009

É possível detectar os sismos?

Os mecanismos que desencadeiam estes violentos fenómenos naturais, bem como as áreas de risco, são conhecidos. No entanto, uma previsão segura ainda não é possível.

Apesar dos sismólogos conseguirem medir as tensões, que se criam nas rochas mais profundas, essas poderão anteceder em vários meses o desencadear de um terramoto, não sendo portanto previsível a data exacta da sua ocorrência.


A única previsão acertada foi feita na China em 1975, na localidade de Haicheng, em que um grande sismo, de magnitude de 7,3 atingiu a cidade. A previsão baseada na lenta inclinação do solo, em flutuações do campo magnético e no enorme número de abalos premonitórios, permitiu a evacuação de mais de um milhão de habitantes.

Mesmo sem previsões precisas, as vítimas e os danos podem ser reduzidos, construindo os edifícios de acordo com rigorosas normas anti-sísmicas, sensibilizando as populações com medidas de autoprotecção, entre outras.

Na Califórnia e no Japão estas normas têm vindo a ser implementadas há décadas, o que permitiu já evitar catástrofes irreparáveis, embora estas regiões tenham já sido afectadas por sismos muito violentos.

Na Califórnia, por exemplo, os edifícios têm de ser suficientemente robustos para tolerar oscilações entre os 10 e os 15 centímetros, enquanto para as estruturas mais altas são utilizadas técnicas especiais. Os alicerces dos arranha-céus de São Francisco e de Los Angeles, são construídos com estacas de aço apoiadas em plataformas estáveis, capazes de deslocar e deslizar e, portanto de absorver as ondas sísmicas. É graças a estas técnicas que violentos sismos, como o de 1989 em São Francisco e o de 1992 em Los Angeles, provocaram apenas pequenos danos materiais e poucas vítimas. Terramotos da mesma intensidade, que atingiram zonas menos preparadas, como a Irpina (Itália) em 1980, provocaram milhares de vítimas e danos incalculáveis.


Reflexão:
Como a previsão de terramotos ainda é difícil, resta ao homem estar prevenido contra a ocorrência destes acidentes naturais. Como tal, cada cidadão deve saber o que fazer antes, durante e depois de um sismo, pois estas atitudes podem marcar a diferença entre a sobrevivência e a morte!
Na minha opinião, para além, das populações informadas, estas também devem ter a consciência da importância das construções anti-sísmicas, agir correctamente em situações de simulacro, entre outras. Assim, os governos e as entidades competentes têm um papel fundamental em situações destas, e antecipadamente, devem tomar medidas que vão ao encontro de um correcto ordenamento do território e monitorizarem as falhas com grande historial sísmico, entre outras.

Só desta forma, será possível minimizar ao máximo a perda de vidas humanas e a diminuição dos respectivos danos materiais!


Fontes:
COSTA Alexandre; MATOS Jorge; GAIBINO Rui; Eco Terra, Plátano Editora; Maio 2002
PINNA Lorenzo; Enciclopédia Universal; Volume 7 - A Terra; Asa Editores; 2001

domingo, 11 de janeiro de 2009

Os sismos

A cada 30 segundos o nosso planeta treme ligeiramente. Num só dia, uma estação sísmica regista em média uma centena de tremores de Terra, a maioria imperceptíveis ao homem, mas detectados por instrumentos científicos, como os sismógrafos.

Os sismos são movimentos vibratórios que ocorrem na superfície da Terra, com origem nas suas camadas superiores e provocados pela libertação de energia. Estes podem ser causados por movimento de placas, tanto em zonas de subducção, como ao longo de falhas.

O ponto onde as rochas deslizam ou fracturam é o chamado foco sísmico ou hipocentro. O movimento propaga violentamente ondas de choque em todas as direcções através das rochas circundantes, fazendo tremer o solo.
A intensidade destas ondas depende da profundidade do foco, da dureza das rochas circundantes e do quanto estas se movem.
O epicentro, na superfície, localiza-se perpendicularmente ao foco, apesar dos maiores danos poderem ocorrer a muitos quilómetros de distância.

Durante um sismo, as Ondas P (ou primárias) surgem primeiro, logo seguidas das Ondas S (ou secundárias) e das ondas de superfície (Ondas L - as mais destrutivas).
Podem ocorrer abalos premonitórios e réplicas, antes e depois do sismo principal, respectivamente.


Reflexão:
Os sismos são fenómenos frequentes e por vezes muito violentos, constituindo em conjunto com os vulcões, algumas das catástrofes naturais que mais pavor provocam nas populações. Assim, a actividade sísmica recorda-nos que o nosso planeta é um corpo dinâmico, cheio de energia e em constante transformação, e que num «fechar de olhos o nosso mundo sólido e robusto pode desaparecer!» Apesar de, muitas vezes, causar grandes danos, é o método que fornece mais informações para o estudo do interior da geosfera! Fica assim, aqui uma pequena introdução à redescoberta do nosso planeta através da sismologia
!



Fontes:
Pinna, Lorenzo; Enciclopédia Universal; Volume 7 - A Terra; Asa Editores; 2001