BioTerra

sábado, 17 de janeiro de 2009

É possível detectar os sismos?

Os mecanismos que desencadeiam estes violentos fenómenos naturais, bem como as áreas de risco, são conhecidos. No entanto, uma previsão segura ainda não é possível.

Apesar dos sismólogos conseguirem medir as tensões, que se criam nas rochas mais profundas, essas poderão anteceder em vários meses o desencadear de um terramoto, não sendo portanto previsível a data exacta da sua ocorrência.


A única previsão acertada foi feita na China em 1975, na localidade de Haicheng, em que um grande sismo, de magnitude de 7,3 atingiu a cidade. A previsão baseada na lenta inclinação do solo, em flutuações do campo magnético e no enorme número de abalos premonitórios, permitiu a evacuação de mais de um milhão de habitantes.

Mesmo sem previsões precisas, as vítimas e os danos podem ser reduzidos, construindo os edifícios de acordo com rigorosas normas anti-sísmicas, sensibilizando as populações com medidas de autoprotecção, entre outras.

Na Califórnia e no Japão estas normas têm vindo a ser implementadas há décadas, o que permitiu já evitar catástrofes irreparáveis, embora estas regiões tenham já sido afectadas por sismos muito violentos.

Na Califórnia, por exemplo, os edifícios têm de ser suficientemente robustos para tolerar oscilações entre os 10 e os 15 centímetros, enquanto para as estruturas mais altas são utilizadas técnicas especiais. Os alicerces dos arranha-céus de São Francisco e de Los Angeles, são construídos com estacas de aço apoiadas em plataformas estáveis, capazes de deslocar e deslizar e, portanto de absorver as ondas sísmicas. É graças a estas técnicas que violentos sismos, como o de 1989 em São Francisco e o de 1992 em Los Angeles, provocaram apenas pequenos danos materiais e poucas vítimas. Terramotos da mesma intensidade, que atingiram zonas menos preparadas, como a Irpina (Itália) em 1980, provocaram milhares de vítimas e danos incalculáveis.


Reflexão:
Como a previsão de terramotos ainda é difícil, resta ao homem estar prevenido contra a ocorrência destes acidentes naturais. Como tal, cada cidadão deve saber o que fazer antes, durante e depois de um sismo, pois estas atitudes podem marcar a diferença entre a sobrevivência e a morte!
Na minha opinião, para além, das populações informadas, estas também devem ter a consciência da importância das construções anti-sísmicas, agir correctamente em situações de simulacro, entre outras. Assim, os governos e as entidades competentes têm um papel fundamental em situações destas, e antecipadamente, devem tomar medidas que vão ao encontro de um correcto ordenamento do território e monitorizarem as falhas com grande historial sísmico, entre outras.

Só desta forma, será possível minimizar ao máximo a perda de vidas humanas e a diminuição dos respectivos danos materiais!


Fontes:
COSTA Alexandre; MATOS Jorge; GAIBINO Rui; Eco Terra, Plátano Editora; Maio 2002
PINNA Lorenzo; Enciclopédia Universal; Volume 7 - A Terra; Asa Editores; 2001

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