BioTerra

domingo, 30 de novembro de 2008

Curiosidades... Fundos oceânicos

  • A fossa das Marianas é o ponto mais fundo do oceano (até ao momento conhecido) tem cerca de 10 920 m de profundidade.

  • Os oceanos têm uma profundidade média de 3730m.

  • A altura média dos continentes é de 870 m acima do nível do mar.

  • As ilhas oceânicas são apenas a parte visível dos grandes vulcões submarinos.


Fontes:

Gabbi, Giuseppe; Somaschini, Alessandra; Enciclopédia Universal; Volume 15 - Os Oceanos; Asa Editores; 2001

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A máquina chamada Terra

Ao longo dos tempos, a posição das terras emersas vai sofrendo modificações, devido à contínua deslocação das placas e à construção e destruição dos fundos marinhos. Qual é o motor que põe em movimento estas mudanças? E onde se encontra?

Esse motor, muito potente está situado nas profundezas da Terra, numa camada chamada manto. É de facto no manto que se geram gigantescas correntes de convecção, ascendentes ou descendentes, que podem ser comparadas às que se formam, embora numa escala muito mais pequena, na água de uma panela ao lume.


A água aquece no centro da panela, no ponto onde se encontra a chama, e, por efeito do calor, sobe e atinge a superfície. Aqui, arrefece ligeiramente e volta a descer ao longo das paredes da panela, e o ciclo repete-se. Com cada novo ciclo, a água aquece um pouco mais até atingir o ponto de ebulição.

No interior da Terra acontece algo semelhante, mas o que se move não é água, mas sim o magma. Movimentadas pelo calor produzido pelo decaimento dos elementos radioactivos, estas grandes correntes magmáticas comportam-se como imensos tapetes transportadores que arrastam as placas, ou seja, os fundos oceânicos e os continentes.

Assim, a formação de nova crusta oceânica nas zonas das dorsais (oceânicas) é compensada pela destruição da crusta antiga em regiões de colisão entre placas.



Reflexão:

A Terra é um planeta único, constituído por um núcleo metálico, um manto rochoso, crusta por uma atmosfera pouco extensa. No manto ocorrem diversos movimentos que são responsáveis pela geodinâmica externa do nosso planeta, como é o caso do vulcanismo. Por esse motivo, achei que era importante colocar uma postagem sobre «a variação do tamanho do nosso planeta» e também sobre os movimentos que envolvem o manto. Deste modo, espero que este instrumento de estudo, seja útil para quem tenha dúvidas acerca da deslocação dos continentes e que ajude a compreender melhor o funcionamento do interior do nosso planeta e a «máquina» que este é, tal como me auxiliou!



Fontes:
Pinna, Lorenzo; Enciclopédia Universal; Volume 7 - A Terra; Asa Editores; 2001
http://www.geomundo.com.br/meio_ambiente00-terremotos-tectonica-das-placas1.htm

sábado, 29 de novembro de 2008

Fundos oceânicos

Hoje em dia, graças a instrumentos como os sonares, montados em navios e submarinos, e os radares altimétricos, montados em satélites conhecemos a configuração dos fundos oceânicos nos mais pequenos pormenores. Em cada região do planeta, existe um conjunto de características comuns.

O limite de maré, que constitui o início do ambiente marinho, é na realidade um limite virtual, dado que a margem dos continentes se prolonga abaixo do nível do mar através de uma plataforma que decresce progressivamente, a chamada plataforma continental. Esta, partindo da costa, chega a uma profundidade média de 200 m e representa a zona do mar mais rica em organismos e onde as actividades piscatórias são mais intensas. Para lá da plataforma continental, o fundo marinho «afunda-se a pique», formando o talude continental, que atinge uma profundidade superior a 3000 m, constituindo um limite entre os continentes e os fundos oceânicos.

No fim do talude continental ,os fundos adquirem o aspecto de imensas planícies abissais, situadas a uma profundidade média de 4000-5000 m. Aqui, as rochas são muito raras e o fundo é constituído por uma imensa superfície de lodo muito fino.

Só no meio de cada um dos três oceanos principais as monótonas planícies são interrompidas por uma série de longas cadeias montanhosas, onde a intensa actividade vulcânica está na base da formação dos fundos oceânicos. Estas montanhas, chamadas dorsais oceânicas nalguns pontos chegam à superfície, dando origem a ilhas oceânicas como os Açores. Entre estas existe uma enorme fenda que se chama vale do rifte. As dorsais oceânicas ou cristas oceânicas também são cortadas perpendicularmente por falhas transformantes.


Contudo, os fundos marinhos não se limitam a estas profundidades. As zonas mais profundas são as fossas oceânicas, que podem chegar até aos 11 000 metros.

Reflexão:
Na medida em que os oceanos cobrem mais de dois terços da superfície terrestre e constituem o mais importante reservatório de água do nosso planeta, achei interessante a publicar um artigo sobre o fundo destes, espero que seja útil para uma boa compreensão deste capítulo do programa, tal como foi para mim. Na minha opinião, podemos comparar os fundos oceânicos às paisagens dos continentes, pois ambos possuem montanhas, vales e planícies!

Fontes:

Gabbi, Giuseppe; Somaschini, Alessandra; Enciclopédia Universal; Volume 15 - Os Oceanos; Asa Editores; 2001

http://paginas.terra.com.br/educacao/sariego/sistema_profundo.htm

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

As marés

Desde a época em que se formaram na Terra os primeiros mares, o nível da água sobe e desce duas vezes por dia. A força que faz subir a água é a atracção da gravidade exercida pela Lua e pelo Sol.


Quando a Lua se encontra na vertical de um ponto, a sua atracção soma-se à força centrífuga devida à rotação terrestre, causando um aumento da massa de água: a preia-mar ou maré alta. Do outro lado do planeta, pelo contrário, a força centrífuga prevalece sobre a atracção lunar, determinando outro aumento. Por conseguinte, nas posições intermédias, o nível da água baixa: é a baixa-mar.


Apesar da distância longínqua a que o Sol se encontra, este também intervêm na variação das marés. Quando os dois astros se encontram alinhados, as suas forças de atracção somam-se e a preia-mar atinge o seu nível máximo. Em contrapartida, quando eles formam um ângulo recto, a preia-mar atinge o seu nível mínimo. A preia-mar não se verifica no momento exacto da passagem da Lua, mas um pouco mais tarde, porque a água demora algum tempo antes de começar a deslocar-se. Além disso, dado o que a Lua nasce todos os dias 50 minutos mais tarde em relação ao dia anterior, também a preia-mar se levanta uma hora mais tarde a cada dia que passa.

Na realidade, a mudança das marés é ainda mais complexa, principalmente porque os oceanos não se encontram uniformemente distribuídos na superfície do nosso planeta, mas sim interrompidos pelos continentes, o horário e a altura da maré também são influenciados pela forma e profundidade dos fundos, bem como pela configuração das costas. Apesar destas implicações, e ao contrário dos outros movimentos do mar, as marés têm uma característica especial: são regulares no tempo e previsíveis.


Reflexão:
Apesar das pequenas dimensões da Lua e da sua reduzida força gravítica, esta e a Terra têm uma forte ligação gravitacional. Deste modo, influenciam-se mutuamente, uma prova desta «influência» é o efeito das marés. Este texto pretende representar isso mesmo, e explicar como este efeito funciona, juntamente com a intervenção do Sol. Por outro lado, também quer evidenciar a importância dos fundos oceânicos nas alterações destes ciclos. Na minha opinião, a relação que a Lua e a Terra possuem é extraordinária, pois combinam-se perfeitamente. Outra referência desta combinação é a conservação de rochas com idades inferiores a 3 800 M. a., que já não se encontram na Terra!!!
Fontes:
Gabbi, Giuseppe; Somaschini, Alessandra; Enciclopédia Universal; Volume 15 - Os Oceanos; Asa Editores; 2001
http://www.eunanet.net/beth/informativo/saint_michel_france.jpg

domingo, 23 de novembro de 2008

Ficha Vulcão: Mayon

  • Localização: O vulcão Mayon encontra-se situado nas Filipinas, na província de Albay (Bicol).
  • Tipo de vulcão/vulcanismo: As erupções deste vulcão são mistas, pois os seus períodos de actividade alternam em erupções efusivas e explosivas. A lava apresenta diferentes graus de gases e de viscosidade, isto leva à formação de um cone simétrico composto por camadas alternadas de piroclastos e lava solidificada, que determinam a sua classificação, em estrato vulcão ou vulcão composto.
  • Contexto tectónico: O vulcão Mayon resultou da colisão da Placa Euroasiática e a Placa das Filipinas, num limite destrutivo. Em que a placa continental chocou com uma oceânica que como é mais densa, é obrigada a mergulhar sob a continental. Este choque originou o levantamento e posterior expulsão do magma, através do vulcão.
  • Historial de actividade vulcânica:
    Fevereiro 1814 – Erupção mais destrutiva, tendo os fluxos de lava enterrado a cidade de Cagsawa e cerca de 1200 pessoas pereceram, apenas resistiu a torre do sino da igreja local.
    1897 –O Mayon provocou a morte de várias pessoas, cerca de 30.
    Setembro de 1984 – uma erupção em levou à evacuação de cerca de 70 000 pessoas.
    1993– Erupção mata aproximadamente 75 pessoas.
    Julho de 2001 – Foram evacuadas 40 mil pessoas dos arredores do vulcão, a erupção atingiu 7 municípios.
    Julho/Agosto de 2006 - O governo das Filipinas evacuou a montanha num raio de 8 km, pois os níveis de enxofre, os rios de lava e as nuvens de cinzas aumentavam cada vez mais. Temia-se a explosão do aparelho vulcânico, felizmente, tal situação não aconteceu.
  • Curiosidades\observações:
    Este vulcão enquadra-se no «Anel De Fogo do Pacifico», onde actividade vulcânica e os sismos são comuns.
    O Mayon é um dos 22 vulcões activos das Filipinas e também o mais violento.
    Entrou em erupção pelo menos 50 vezes nos últimos 400 anos.
    Com 2.462 metros de altura, o Monte Mayon tornou-se num dos principais pontos turísticos das Filipinas, graças à perfeição da circunferência da sua cratera.

Reflexão:
Os vulcões são estruturas que guardam os mais diversos segredos sobre o interior do nosso planeta e cada um possui a sua «personalidade». Foi neste âmbito que nos foi proposto elaborar esta ficha sobre um vulcão à nossa escolha, desta forma, conseguimos aferir novos conhecimentos, mas também familiarizarmo-nos com um dos próximos assuntos em estudo «O Vulcanismo».
Através da realização deste trabalho, consegui compreender melhor quais os benefícios inerentes às zonas próximas de um vulcão. Nestes locais, os solos são mais férteis, são pontos turísticos de grande referência, sendo também locais de aproveitamento da actividade geotérmica do nosso planeta. Assim, morar perto de um vulcão activo, como o Mayon tem vários aspectos positivos, desempenhando um forte papel na economia da região. Por outro lado, este vulcão também é «catastrófico», pois ao longo das suas erupções já causou dezenas de mortes.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vulc%C3%A3o_Mayon
http://www.cvarg.azores.gov.pt/Cvarg/CentroVulcanologia/destaques/Vulcao+Mayon.htm
http://www.bbc.co.uk/portuguese/especial/1128_vulcao/page7.shtml

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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Curiosidades... Sistema Solar

  • O maior vulcão existente do sistema solar, chama-se Olympus Mons e situa-se em Marte. Tem 600 Km de largura e é três vezes mais alto que o Monte Everest.
  • O telescópio Hubble é tão poderoso que consegue fotografar uma mosca a piscar os olhos a uma distância de 13.700 Km.
  • O planeta Júpiter é duas vezes maior do que todos os outros planetas, satélites, asteróides e cometas do nosso Sistema Solar juntos.
  • Segundo os cientistas, existe ouro em Marte, Mercúrio e em Vénus.
  • A Terra é sacudida por mais de 20.000 tremores de terra anuais, 80 vezes por dia.

Fontes:

http://www.geocities.com/EnchantedForest/Glade/5449/curiosidade.htm

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A Terra primitiva

Há cerca de 4,6 mil milhões de anos o Sistema Solar tinha-se acabado de formar a partir de um nuvem fria de gás que se encontrava na periferia da Via Láctea.Tal como os outros planetas, a Terra teve origem num adensamento de poeiras e gás, sendo no início grande e rodeada por uma atmosfera densa, rica em hélio, hidrogénio, metano e amoníaco.


  • Esta atmosfera primitiva durou pouco tempo, porque uma parte foi atraída pelo Sol e outra pelo vento solar, que naquela época era particularmente violento.

  • Sem o revestimento de gás, a Terra tornou-se semelhante a uma bola muito quente de material fundido sobre a qual batiam incessantemente meteoritos e cometas. Este bombardeamento ocorreu terá ocorrido até há aproximadamente 3,8 mil milhões de anos e foi tão violento que poderia, mais que uma vez, ter «esterilizado» o nosso planeta, anulando, assim,várias tentativas de afirmação de vida.
  • Por outro lado, os meteoritos contribuíram para enriquecer a composição da Terra, trazendo para o nosso planeta substâncias como hidrocarbonetos, amoníaco e água, que se evaporaram e formaram em parte a nova atmosfera. Depois da formação da crusta terrestre, que ocorreu há 4,2 mil milhões de anos, confluíram também para a atmosfera os gases libertados pelos vculcões, entre os quais dióxido de enxofre, azoto, óxidos de carbono e vapor de água.


Reflexão:

O Planeta Terra é único, não só no Sistema Solar, mas, tanto quanto sabemos, no Universo acessível. Este planeta foi formado de uma série de acasos, que muitas das vezes podê-lo-iam ter destruído, mas como tal não aconteceu, foram arquitectadas estruturas excepcionais, que possibilitaram a existência da vida, tal como a conhecemos hoje em dia.
Este artigo sobre a evolução da atmosfera primitiva pretende mostrar algumas das situações-limite que a Terra passou até ter as características actuais, mas também as modificações que a camada que envolve o nosso planeta registou.

Fontes:

Gallavotti, Barbara; Enciclopédia Pedagógica Universal; Volume 16 - A vida na Terra; Asa Editores; 2001.

http://www.if.ufrgs.br/oei/solar/solar10/planetas_atmosf/teorias_atmosf.gif

domingo, 9 de novembro de 2008

Ambientes geológicos

Os ambientes geológicos são locais onde ocorrem a génese dos diferentes tipos de rochas reunindo assim, determinadas características que no seu conjunto constituem um ambiente adequado à formação da rocha. Deste modo, consoante o tipo de rochas existentes temos ambientes correspondentes.



O ambiente magmático caracteriza-se por altas temperaturas, situadas entre os 500ºC e os 1500ºC, o que leva à formação de banhos fundidos - magmas -, por amplas variações de pressão e, em geral, por variações limitadas na composição química.



O ambiente sedimentar é caracterizado por temperaturas baixas e moderadas, no geral compreendidas entre os 0ºC e os 40ºC. A pressão atmosférica é praticamente constante. Contudo, este ambiente apresenta grande variabilidade na composição química, podendo os materiais que originam os sedimentos ter as mais diversas composições, pois podem ter origem magmática, metamórica ou mesmo sedimentar.


O ambiente metamórfico abrange uma grande variabilidade de pressões e temperaturas. As temperaturas, no entanto, não atingem valores tão elevados como no magmatismo. Em geral não ultrapassam os 800ºC. O metamorfismo ocorre essencialmente em meios sólidos.



Reflexão:
Na minha opinião, este artigo ajuda a perceber em que circunstâncias os diversos tipos de rochas se formaram, permitindo principalmente distinguir as condições de formação das rochas magmáticas e metamórficas. Por outro lado, esta postagem também pretende evidenciar que a cada tipo de rocha corresponde um ambiente geológico.

Fontes:
Diciopédia 2006, Porto Editora

domingo, 2 de novembro de 2008

O ciclo das rochas

A crusta terrestre é constituída por rochas continuamente recicladas pelo calor, pela pressão e pelos agentes atmosféricos. Assim, os três tipos de rochas – magmáticas (ou ígneas), sedimentares e metamórficas sofrem no decorrer do tempo geológico um processo denominado por ciclo das rochas. Este foi apresentado pela primeira vez em 1785, pelo escocês James Hutton perante a Royal Society of Edimburg.


Vejamos como este funciona:




Consideremos uma rocha magmática recém-formada, exposta à chuva, ao vento e às oscilações de temperatura que começa a degradar-se lentamente. Os seus fragmentos, arrastados água, acumulam-se e formam um depósito, que no decorrer de muitos milénios, acabará por cimentar e transformar-se em rocha sedimentar.
Posteriormente, os movimentos da crusta poderão empurrar esta rocha para o interior da Terra , onde temperaturas elevadas e fortes pressões transformá-la-ão numa rocha metamórfica.
Da mesma forma, a rocha metamórfica poderá mais tarde voltar a aflorar à superfície e ser meteorizada e transformada novamente em rocha sedimentar ou poderá afundar-se ainda mais no manto, ser fundida pelo calor, e seguidamente voltar a subir num vulcão, sob a forma de magma, e formar novas rochas ígneas, neste caso extrusivas. Assim o ciclo repete-se continuamente.


Reflexão:

O ciclo das rochas é importante, pois mostra que o nosso planeta é geologicamente activo, mas por outro lado, muitos dos arquivos históricos ficam perdidos devido ao conjunto de alterações que ocorrem, e assim dificulta o estudo e a interpretação da dinâmica terrestre. Deste modo, encontrar fósseis muito antigos é dificílimo, como é o caso dos fósseis de transição que são considerados uma «jóia geológica». Na minha opinião, o ciclo das rochas encaixa-se perfeitamente na frase «na natureza nada se perde, tudo se transforma».

Fontes:

http://fossil.uc.pt/pags/tranf.dwt

http://cnaturais7.files.wordpress.com/2008/05/ciclogeoms.jpg&imgrefurl