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sábado, 30 de maio de 2009

Cocktail de cocaína e heroína mata mais células cerebrais do que as duas drogas separadas

Uma equipa de investigadores portugueses descobriu que o consumo combinado de cocaína e heroína tem uma efeito mais mortífero nas células cerebrais do que se as drogas forem usadas em separado. Ao contrário do que se pensava, os “cocktails” ou “Speedball” de cocaína e heroína, cada vez mais usados na Europa, têm um efeito pior do que o somatório das reacções destas drogas usadas em separado, disse à Lusa a coordenadora da investigação, Catarina Resende de Oliveira.



O estudo foi iniciado há três anos e envolve uma dezena de investigadores, que procuram descobrir de que modo os opiáceos, nomeadamente a heroína, e a cocaína actuam ao nível do cérebro e a toxicidade que provocam nos neurónios.
“Ambas as drogas têm efeitos muito tóxicos, mas o que não se sabia é que a conjugação das duas tem um efeito mais neurotóxico, muito mais prejudicial”, afirmou presidente do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, que considera preocupante a conclusão a que os investigadores chegaram.

Os cientistas apuraram que a morte celular induzida pela cocaína não é muito significativa e a heroína conduz à morte de cerca de dez por cento das células. A combinação das duas drogas induz a morte de cerca de 20 por cento das células.

A docente catedrática da Faculdade de Medicina de Coimbra explica que, na combinação da cocaína com a heroína, formam-se compostos químicos – chamados aductos – que provocam “alterações graves e lesivas do sistema neuronal, levando à morte das células por necrose”. Na presença dos aductos, a morte celular por necrose “é significativa e atinge cerca de oito por cento das células”.

“O consumo separado desta drogas leva à morte das células cerebrais, mas de uma forma mais lenta, como se fosse uma maçã a mirrar. Com a mistura das duas a morte é por necrose, mais violenta”, referiu. Os investigadores descobriram que um dos mecanismos envolvidos na morte neurocelular é o “stress oxidativo” gerado pelo consumo das drogas.

O estudo foi testado em ratos, que agora serão submetidos à “administração crónica” dos cocktails de droga, de forma a aproximar o consumo ao dos toxicodependentes. “Queremos apurar o efeito do consumo crónico ao nível dos neurotransmissores cerebrais e em que tecidos a droga se acumula mais”, disse.

Um dos objectivos do estudo é, numa fase posterior, encontrar, a partir dos mecanismos de morte das células cerebrais, “alvos protectores, para evitar a sua morte”.


Reflexão:
O cérebro é um motor da actividade de todos os seres vivos, quando algo não está bem com este tem repercussões em diversas partes do corpo, assim tomar é drogas, é um dos processos que acelera a morte deste. Este estudo evidencia como podemos acabar com a vida deste mais rapidamente. Deste modo, alerta para os perigos do consumo da cocaína e da heroína, que juntas têm consequências piores do que tomadas separadamente.



Fontes:
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=30952&op=all

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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Evolução dos pulmões

Durante a evolução, alguns peixes que viviam em zonas pouco profundas e em águas pouco profundas e em águas pobres em oxigénio desenvolveram expansões laterais das paredes da faringe. Isto permite-lhes captar e armazenar ar do exterior, passando posteriormente ao sangue. Após o aumento da vascularização das suas paredes, desenvolveram pulmões.

No princípio, a respiração branquial terá coexistido com a pulmonar, como ocorre nos actuais peixes pulmonados (dipnóicos), e depois apareceram formas exclusivamente pulmonadas como os actuais anfíbios.


Reflexão:
Este breve artigo sobre o desenvolvimento dos pulmões é mais uma prova, que os animais que existem hoje em dia são o resultado do aperfeiçoamento das capacidades de seres primitivos. E se o homem hoje em dia apresenta sistemas complexos, assim como outros seres vivos, isto deve-se ao sucesso evolutivo que tiveram essas formas de vida.


Fontes:
García, Arturo Majadas; Enciclopédia do estudante; Volume 9 – Ciências da vida; 2008


segunda-feira, 25 de maio de 2009

Ser vivo da semana... Peixe-palhaço

Classificação científica:

Reino: Animalia

Classe: Actinopterygii

Ordem: Perciformes

Família: Pomacentridae


O peixe-palhaço (Amphiprion akindynos) é também conhecido como peixe-anémona, pois vive numa anémona, com a qual mantém uma relação de mutualismo, protegendo mutuamente.
Este peixe é imune ao veneno urticante dos tentáculos das anémonas. Está protegido por uma substância presente na camada externa de muco, que evita que as células urticantes ataquem.
O peixe-palhaço tem uma estrutura social interessante. Numa mesma anémona vivem vários indivíduos. Existe uma fêmea dominante em cada grupo, que é a maior. O seu parceiro masculino é o segundo maior peixe do grupo. Quando a fêmea dominante morre, o maior macho assume a sua posição, começando a imitar o comportamento da sua predecessora. Em poucos dias, o macho muda de sexo, transforma-se em fêmea, e o seguinte macho em tamanho assume o papel de companheiro da fêmea dominante.



Reflexão:
O peixe palhaço habitante natural de recifes de corais, integrado num habitat «alegre», onde as cores vivas dominam e em que as relações são bastantes particulares, é dotado de várias especificidades, como substância protectora contra o veneno das anémonas, o facto da mudança de sexo de macho para fêmea, e de outros aspectos. Na minha opinião, a vida nestes ecossistemas marinhos exprime-se das formas mais perfeitas e todos os pormenores são cuidados minuciosamente por força da lei natural, desta forma não seria possível relações de mutualismo como a do peixe-palhaço e a anémona.



Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Peixe-palha%C3%A7o


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domingo, 24 de maio de 2009

Curiosidades... Peixes e Anfíbios

  • São retirados dos oceanos mais de 80 milhões de toneladas de peixe por ano. Um quarto dessa quantidade é devolvido ao mar sem vida.

  • 70% das espécies de peixes alvo de comercialização estão a ser explorados para além dos limites sustentáveis.



  • Segundo a União Mundial para a Conservação, cerca de 30% de todas as espécies de anfíbios estão ameaçadas de extinção, ao que faz deles o grupo animal que mais perigo corre em todo o mundo.
  • Desde, 1980, extinguiram-se 122 espécies de anfíbios.


Fontes:

GALLAVOTTI Barbara; Enciclopédia Universal; Volume 14 - A Terra; Asa Editores; 2001

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sexta-feira, 22 de maio de 2009

Os pulmões

Os vertebrados terrestres possuem como órgãos de hematose os pulmões, onde ocorre uma difusão indirecta. Os pulmões dos vertebrados são uma rede mais ou menos complexa de tubos e sacos que varia com a espécie. Os mais complexos são os dos mamíferos.

Pulmão: Órgão respiratório (que absorve directamente o oxigénio livre da atmosfera) onde se realiza activamente a hematose, e que, nos vertebrados superiores, incluindo o homem, é um órgão par, esponjoso e elástico, situado na cavidade torácica.

Os pulmões são as superfícies respiratórias invaginadas no interior do corpo mais evoluídas que existem. Todos os vertebrados possuem pulmões.



Pulmões com diferentes graus de complexidade:

A tendência evolutiva que aponta no sentido de um aumento da superfície do epitélio respiratório. Aves e mamíferos possuem os aparelhos respiratórios mais complexos, seguidos dos répteis e, por fim, dos anfíbios.



As aves têm um metabolismo muito elevado, necessitando de elevadas quantidades de O2. Possuem sacos aéreos (reservas de ar), melhorando a eficácia da ventilação (o ar circula num só sentido e, tal como nas brânquias, contrariamente ao sentido do sangue, o que aumenta a eficiência da hematose). Nos mamíferos, ao contrário das aves, o ar circula em 2 sentidos opostos.


Reflexão:

Podemos concluir no final desta unidade que as trocas gasosas estão dependentes das superfícies respiratórias, que, por sua vez, estão relacionadas com a complexidade do animal e são resultado da adaptação deste ao meio em que vive.



Fontes:

Carpaneto, Maria Giuseppe; Enciclopédia Universal; Volume 12; Asa Editores; 2001

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Brânquias

As brânquias são órgãos do sistema respiratório dos animais aquáticos, que também pode ser designadas por guelras. Estas estão protegidas por estruturas apropriadas. No caso dos peixes ósseos existem os opérculos. Nestes peixes, as guelras são ventiladas continuamente por uma corrente de água que entra na boca, banha as guelras e sai através das fendas operculares. O movimento dos opérculos ajudam a bombear a água através da boca. Nas guelras distinguem-se os arcos branquiais, estruturas esqueléticas que suportam séries duplas de filamentos que se inserem obliquamente. Esta divisão das brânquias em filamentos aumenta extraordinariamente a superfície de difusão.

Sistema branquial

A água entra na boca do peixe, ao passar por entre as lamelas cruza com o sangue que circula nos capilares sanguíneos em sentido contrário, ou seja, o sangue flui num sentido contrário ao da água – sentido contracorrente. Este mecanismo permite aumentar significativamente a eficiência das trocas gasosas a nível dos capilares. Quando o sangue flui através dos capilares torna-se cada vez mais enriquecido em oxigénio e, porque circula no sentido contrário ao da água, vai contactando com a água que é sucessivamente mais rica em oxigénio. O sangue recebe o oxigénio até que se atinja um ponto em que a concentração de oxigénio nos dois meios seja idêntica. É por este motivo que o dióxido de carbono se difunde para a água, pois esta tem uma pequena concentração deste gás.



Fontes:
http://www.cientic.com/portal/
Carpaneto, Maria Giuseppe; Enciclopédia Universal; Volume 12; Asa Editores; 2001

terça-feira, 19 de maio de 2009

Traqueias

A existência de um sistema de canais ramificados invaginados dentro do corpo reduz significativamente as perdas de água por evaporação. Este sistema de traqueias pode encontrar-se nos artrópodes terrestres e principalmente nos insectos. Há medida que as traqueias se vão ramificando, designam-se traquíolas, que contactam directamente com as células.
Na superfície do corpo existem alguns orifícios por onde entra o ar – espiráculos. Nos insectos primitivos estes orifícios estavam sempre abertos, enquanto hoje em dia os insectos possuem válvulas nesses orifícios, que permite controlar a entrada e saída de ar.
O movimento do corpo, por vezes, ajuda a que haja o controlo de volume e da direcção do ar. O facto do sistema circulatório dos insectos não transportar gases, pois estes são transferidos directamente nas células, faz com que estes animais não atinjam tamanhos maiores.




Fontes:

Carpaneto, Maria Giuseppe; Enciclopédia Universal; Volume 12; Asa Editores; 2001

sábado, 16 de maio de 2009

Divagar estimula o cérebro

Segundo um estudo realizado por Kalina Christoff através de ressonância magnética.

Contrariamente às ideias recebidas, divagar estimula o cérebro em vez de o tornar mais lento, permitindo assim resolver problemas complexos, segundo defende um novo estudo. Esta investigação, divulgada no semanário científico norte-americano «Processos da Academia Nacional das Ciências», mostra que, quando divagamos, aumenta a actividade de várias regiões do nosso cérebro.Mas o mais espantoso, é que as partes que permitem resolver problemas complexos conhecem uma actividade intensa quando uma pessoa pensa vagamente, quando se acreditava até agora que elas ficavam de sentinela, disse a professora Kalina Christoff, especialista do cérebro e principal autora do estudo.

O estudo realizado com imagens obtidas através de ressonância magnética deixa também entender que "estar nas nuvens" favorece uma maior actividade do cérebro do que quando uma pessoa se concentra para cumprir uma tarefa rotineira, acrescenta Christoff, directora do Laboratório de Ciências Neurológicas da Universidade da Columbia Britânica (UBC) no ocidente canadiano.

"As pessoas que sonham acordadas não estão talvez tão concentradas quando executam uma tarefa mas puxam por mais recursos do seu cérebro", declarou. O estudo, segundo ela, vai forçar várias pessoas a rever as suas percepções. "Habituámo-nos à ideia de que divagar não é uma coisa boa, quando é precisamente o contrário", conclui.

O ser humano passa um terço do seu tempo a divagar quando está desperto: "É uma grande parte das nossas vidas mas isso foi amplamente ignorado pela ciência".


Reflexão:
Curioso… divagar estimula o cérebro!!! Passamos grande parte do tempo a entrar em mundos que muitas das vezes são inalcançáveis, sonhamos com as férias perfeitas, pensamos que é tudo fruto da nossa imaginação, mas afinal podemos retirar proveito desses sonhos, tal como este estudo indica. Assim, sonhar para além de alargar os nossos horizontes também desenvolve as capacidades cognitivas!
Estamos sempre a aprender, e segundo este estudo, devemos divagar mais!


Fontes:

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=670

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sexta-feira, 15 de maio de 2009

Superfícies respiratórias

Do metabolismo celular resulta um conjunto de produtos tóxicos que tem de ser eliminados para que a constituição do meio interno se mantenha dentro dos limites da vida. São a função respiratória e a função excretora as principais através da qual se processa a eliminação desses produtos.

A hematose pulmonar consiste na troca de gases nos pulmões, para que estes sejam transportados pelo sangue até as células e suceda a respiração celular, ou seja, a troca de gases entre as células e o sangue.


A vida aeróbia que se desenvolveu há milhões de anos atrás, caracteriza hoje a maioria dos seres vivos que passou a necessitar de um fluxo constante de oxigénio para as células e da remoção eficiente do CO2 que se forma como resíduo do metabolismo.

Um sistema respiratório é um grupo de células, tecidos e órgãos envolvidos no intercâmbio de gases entre o organismo e a ambiente. As trocas gasosas realizam-se pelos processos de difusão de substâncias. As estruturas onde os gases entram e saem dos organismos chamam-se superfícies respiratórias. Nestas superfícies, as trocas gasosas podem ocorrer directamente do meio externo para as células – Difusão directa ou então os gases respiratórios podem ser transportados por um fluido circundante que faz a ligação entre o meio externo e as células – Difusão indirecta.


Todas as superfícies respiratórias tem as seguintes características:
  • apresentam-se sempre húmidas, o que permite uma difusão mais fácil dos gases.
  • são estruturas finas, na maioria dos casos com apenas uma camada de células que separa o meio interno do meio externo (epitélios respiratórios).
  • apresentam elevada vascularização
  • a sua forma permite aumentar a área de contacto entre os dois meios.

Estas superfícies respiratórias surgiram nos diversos grupos animais que variam consoante: o tamanho do organismo, a estrutura do corpo, a sua história evolutiva e a natureza do ambiente em que vivem.



Reflexão:
Nos animais o fornecimento de oxigénio às células e a remoção do dióxido de carbono é assegurado através das superfícies respiratórias. Assim, as brânquias são as estruturas típicas dos peixes, nos insectos e artrópodes o intercâmbio de gases é realizado através das traqueias e no homem através dos pulmões, entre outras. È sobre estas que nos vamos debruçar e compreender melhor o seu funcionamento.
Estes mecanismos respiratórios são uma das chaves do processo evolutivo das espécies!!!!!



Fontes:

Carpaneto, Maria Giuseppe; Enciclopédia Universal; Volume 12; Asa Editores; 2001

terça-feira, 12 de maio de 2009

Respiração aeróbia

Reflexão:

Como se pode verificar a respiração aeróbia é uma via catabólica com elevado rendimento energético devido a ser possível degradar totalmente as moléculas de glicose. Este processo de obtenção de energia é mais eficaz do que a fermentação, uma vez que no final, os seus produtos são compostos muito simples como a água e dióxido de carbono, cujo potencial energético é reduzido. Contrariamente aos produtos da fermentação, que ainda contêm elevadas quantidades de energia.
Nas plantas, este mecanismo de obtenção de energia também pode ser visto como uma forma complementar à fotossíntese, pois neste processo produz-se glicose e oxigénio que são necessários às várias etapas da respiração aeróbia. Por sua vez, nesta produz-se água e dióxido de carbono, produtos essenciais à fase fotoquímica e química da fotossíntese, respectivamente.


sábado, 9 de maio de 2009

Fermentação láctica

A fermentação láctica é um processo catabólico anaeróbio (não necessita de oxigénio) que visa degradar moléculas orgânicas para obtenção de energia química, este processo é realizado por bactérias lácticas e em situações de falta de oxigénio em células de músculos esqueléticos.

A fermentação láctica, tal como a alcoólica realiza-se em duas fases:


1º Fase (fase comum): Glicólise
Nesta fase, uma molécula de glicose C6H12O6, composta por 6 carbonos é desdobrada em duas moléculas de ácido pirúvico, composto por 3 carbonos C3H4O3. Para desencadear a reacção são necessários duas moléculas de ATP (Adenosina trifosfato), após isto, a glicose é oxidada e duas moléculas NAD+ ficam reduzidas a
NADH (algum hidrogénio sai da glicose para as moléculas transportadoras NAD+ existentes no citosol). Durante o processo são também sintetizadas 4 moléculas de ATP a partir de 4ADP + 4P, ficando com rendimento de 2ATP.
C6H12O6 + 2ATP ----------> 2C3H4O3 + 2NADH + 4ATP


2º Fase: Fermentação láctica
Após a Glicólise o ácido pirúvico é reduzido ao combinar-se com os hidrogénios transportados pelo NADH originando-se ácido láctico C3H6O3. Neste tipo de fermentação, não há libertação de dióxido de carbono, sendo o ácido pirúvico directamente reduzido a ácido láctico. O fabrico do iogurte ou queijo depende deste tipo de fermentação.
2C3H4O3 + NADH ---------> 2C3H6O3 + NAD+


Rendimento
O rendimento desta reação catabólica é de apenas 2ATP (4ATP - produzidos na Glicólise; 2ATP necessários para iniciar a reacção), pois o produto final, o ácido láctico, ainda é um molécula com muita energia química. A fermentação apenas aproveita 2% da energia potencial de uma molécula de glicose enquanto a respiração aeróbia, processo muito mais eficiente, aproveita 38% (rendimento 36ATP).


Reflexão:
Entrámos num novo capítulo, agora vamos conhecer o modo como é que podemos obter energia, através de moléculas complexas, como a glicose. Nesta postagem, temos uma breve explicação da fermentação láctica, existem outros tipos como a alcoólica, ambas são semelhantes, apenas diferem nos produtos finais.

Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fermenta%C3%A7%C3%A3o_l%C3%A1ctica

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Ser vivo da semana...Lémure de Madasgáscar


Classificação científica:

Reino: Animalia

Classe: Mammalia

Ordem: Primates



Os lémures são primatas primitivos e insólitos. Apresentam um focinho algo fantasmagórico e à noite lançam gritos arrepiantes. Aliás, a sua designação provém de um termo em latim que designa «fantasma».
Outrora, os lémures viveram na África Ocidental, Europa e América do Norte, mas acabaram por ser extintos porque não conseguiram competir com as espécies mais avançadas de macaco.
Ao longo dos últimos 50 milhões de anos, acabaram por só sobreviver na ilha de Madagáscar, em África. Existem hoje mais de 20 espécies de lémures. Medem desde 30 cm de comprimento – caso do lémure-rato, incluindo a sua longa cauda – 90 cm, caso do indri-indri, com uma cauda surpreendentemente pequena! Muitos vivem na selva húmida no Leste de Madagáscar, onde se alimentam de frutos, folhas, insectos e pequenos animais. São maioritariamente noctívagos e encontram-se ameaçados de extinção pela destruição do seu habitat florestal.


Reflexão:

Quem não conhece o famoso lémure do filme «Madagáscar»? Todos nós reconhecemos este animal, através deste filme de animação, mas poucos sabem que estes primatas não se encontraram, apenas confinados a esta ilha no Índico e que o seu nome teve origem em «fantasma». Por isso, o lémure de Madagáscar é o ser vivo desta semana.
Estes bichinhos são realmente engraçados, alguns deles, têm o hábito de, na manhã seguinte, após uma noite fria na selva, espreguiçarem-se e apanharem banhos de sol. Assim, quando um dos lados está aquecido, voltam-se para apanhar sol no outro lado do corpo. Esta é uma das suas características, mas têm outras que nos cabe a nós descobrir e compreender!!!



Fontes:

GALLAVOTTI Barbara; Enciclopédia Universal; Volume 14 - A Terra; Asa Editores; 2001

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sábado, 2 de maio de 2009

Exame simples pode detectar risco de Alzheimer ainda na juventude

Um exame que detecta hiperactividade numa região do cérebro com funções vitais na memória poderá bastar para indicar se um adulto jovem corre mais risco de desenvolver Alzheimer décadas depois, podendo assim ser tratado precocemente.
Esta é a principal conclusão de um estudo realizado pela Universidade de Oxford e do Imperial College de Londres em que foi comparada a actividade cerebral de 36 voluntários com idades entre 20 e 35 anos através de imagiologia por ressonância magnética, sendo metade deles portadora do gene ApoE4, relacionado com a doença.Todos os presentes desempenharam normalmente as tarefas que lhes foram pedidas para avaliar as suas capacidades cognitivas.


Os investigadores consideram que os portadores do gene ApoE4, ligado à hiperactividade no hipocampo, têm mais possibilidades de desenvolver a doença do que os não portadores.

A descoberta poderá ser um primeiro passo para desenvolver um método simples de identificação de pessoas com mais possibilidades de desenvolver a doença quando ainda são jovens, segundo o estudo, publicado na edição de hoje da revista PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences).

Desta forma, através de um simples exame, será possível aconselhar um tratamento precoce a quem tenha um risco mais elevado de sofrer de Alzheimer.

O estudo baseou-se nas conclusões de uma investigação anterior, segundo as quais quem herda uma cópia do gene ApoE4, relacionado com a doença, tem quatro vezes mais possibilidades de a contrair. As pessoas que herdam duas cópias do gene (os genes costumam formar pares) correm dez vezes mais riscos, embora os investigadores recordem que nem todos os portadores o desenvolverão obrigatoriamente.


Hiperactividade no hipocampo

O estudo feito com os 36 voluntários assinalou que os portadores do ApoE4 registam habitualmente maior actividade no hipocampo, mesmo em repouso, do que os não portadores.

"Ficámos surpreendidos ao observar que os portadores do gene, mesmo quando inactivos, tinham a parte do cérebro relacionada com a memória mais activa do que os outros voluntários", explicou Christian Beckman, da Divisão de Neurociência e Saúde Mental do Imperial College.

A doença de Azheimer, a causa mais comum de demência, afecta entre 60 mil e 70 mil pessoas em Portugal, segundo as estimativas mais recentes.



Reflexão:

Esta descoberta poderá ser um grande passo para a tentativa de identificar os principais alvos desta doença e assim, desenvolver métodos que atenuem as consequências desta doença neurodegenerativa que é uma das causas mais comuns de demência no nosso país. Certamente, que muitas pessoas desejarão fazer o teste, e que temerão os resultados do mesmo, pois a possibilidade de ter uma doença como esta, abala a estrutura emocional de todos nós.



Fontes:

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=30593&op=all

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