BioTerra

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Investigadores do Porto explicam a susceptibilidade das regiões cerebais à neurodegenerescência

Investigadores do Serviço de Farmacologia da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto desenvolverem um estudo que explica porque é que algumas regiões do cérebro são mais susceptíveis à neurodegenerescência.·A investigação, da autoria de Jorge Oliveira e Jorge Gonçalves, publicada no mês de Janeiro deste ano no Journal of Biological Chemistry, comprova que as células nervosas (neurónios e astrócitos) têm diferentes níveis de resistência a desordens neurológicas.

De acordo com os investigadores, esta descoberta científica permitirá compreender melhor as doenças neurodegenerativas, como a de Parkinson ou a de Huntington, por exemplo, identificar novos alvos terapêuticos e potenciar o desenvolvimento de fármacos neuroprotectores mais eficazes.


Os dois investigadores da Universidade do Porto centraram o seu estudo nas regiões cerebrais denominadas córtex e estriado, sabendo, à partida, que "esta última é particularmente vulnerável a patologias neurológicas, como a Doença de Huntington". Com base nesta premissa, Jorge Oliveira e Jorge Gonçalves desenvolveram "um modelo experimental inovador de observação das alterações na funcionalidade das mitocôndrias (indispensáveis ao bom funcionamento celular) nas células nervosas, quando submetidas a estímulos neurotóxicos".


Segundo os investigadores, "o modelo é metodologicamente inovador porque, em traços gerais, permite avaliar em células vivas parâmetros que anteriormente exigiam a ruptura das células cerebrais e a extracção das mitocóndrias". "Ao preservar a identidade e a integridade celular, o modelo possibilita o estudo das mitocôndrias no seu 'habitat' natural, o que constitui uma maior aproximação ao real funcionamento do cérebro", explicam em comunicado.


Reflexão:
A ciência não é dogmática e encontra-se constantemente a ser actualizada.
Assim, verificamos que cada vez mais a Humanidade se preocupa com questões de saúde e periodicamente são publicados estudos que revelam avanços nas mais diversas áreas. Este é mais um estudo, com marca de cientistas portugueses que tem em vista, a explicação da susceptibilidade das diversas regiões cerebrais, às doenças neurodegenerativas. Deste modo, aguarda-se que seja possível o desenvolvimento de fármacos contra doenças, como as de Parkinson e huntington, que retiram grande parte da qualidade de vida dos seus portadores. Na minha opinião as doenças degenerativas são das mais difíceis de lidar, porque a parte cerebral do ser humano, encontra-se danificada, e na maioria dos casos, inerentes a estas enfermidades estão outras que acabam por retirar lentamente a vida ao doente e àqueles que o rodeiam. E como tal é fundamental, a investigação, esta é ponto de partida para uma possível cura!


Fontes:

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=29048&op=all

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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Componentes das células eucarióticas

As células apresentam uma grande variedade morfológica, de acordo com o organismo a que pertencem e com a função que desempenham. O microscópio electrónico permite identificar os constituintes das células e assim estabelecer as diferenças estruturais entre os constituintes. Que serão analisadas em seguida.



Membrana plasmática: é o invólucro que mantém a integridade celular, separa o meio intracelular do meio extra celular e é a principal responsável pelo controlo das trocas entre a célula e o seu meio ambiente, quer se trate de um meio líquido ou de outras células. A membrana permite a passagem de algumas substâncias mais facilmente que outras. Esta importantíssima propriedade é chamada de permeabilidade selectiva da membrana

Núcleo: é geralmente o maior organelo da célula, funcionando como centro de controlo da célula, contém o ADN e é limitado pela membrana nuclear.


Mitocôndrias: estão envolvidas em processos de obtenção de energia por parte da célula, são a sede de importantes fenómenos respiratórios.

Cloroplastos: são organelos que possuem dupla membrana e estruturas lamelares mergulhadas no estroma, é nos cloroplastos que ocorre a fotossíntese.

Vacúolos: são organelos de tamanho variável, rodeados por uma membrana, podem armazenar gases, pigmentos, açúcares, proteínas ou outras substâncias, participa no equilíbrio hídrico da célula.

Parede celular: confere e envolve as células conferindo-lhes protecção, rigidez e resistência.

Centríolos: intervêm na formação do fuso acromático na divisão celular.
Retículo endoplasmático: consiste num sistema de sáculos, vesículas e interligados onde se circulam materiais produzidos pela célula. Pode ser liso (agranular) ou rugoso (granular). Este último está ligado ao núcleo e coberto por ribossomas e envolvido na síntese de proteínas. O retículo endoplasmático liso está associado à produção de lípidos e hormonas.

Aparelho ou complexo de Golgi: tem como funções a acumulação e o transporte de proteínas, intervém em fenómenos de secreção.

Lisossoma: organito onde ocorre a decomposição de moléculas e estruturas celulares.

Ribossomas: responsável por uma etapa da síntese proteica por vezes associadas ao retículo endoplasmático.

Citosqueleto: responsável pela forma da célula consiste numa rede de fibras intercruzadas.


Reflexão:
Na minha opinião podemos considerar a célula um sistema aberto, pois contém um grupo de elementos em interagem entre si ou, de uma forma mais completa, é um conjunto de elementos em interacção dinâmica, organizados em função de um objectivo. É aberto, porque constantemente ocorrem trocas com o meio em que se insere, ora recebendo deste (energia, matéria, informação), ora fornecendo-lhe algo (excreções, etc.).Embora todas as células possuam membrana, citoplasma e núcleo. Assim, verifica-se que as células vegetais têm parede celular e cloroplastos que não existem na célula animal. Por outro lado, esta possui centríolos.
O Homem deve assim grande parte conhecimento celular, ao microscópio electrónico, sem ele tal não seria possível!



Fontes:

http://www.infopedia.pt/$celula-eucariotica

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Ser vivo da semana...Bromélia

Classificação cíentifica:

Reino: Plantae

Classe:Liliopsida

Ordem:Poales

Família:Bromeliaceae


Bromeliaceae é uma família de plantas floríferas pertencente à ordem Poales, representada pelas bromélias.
São quase exclusivamente originárias das América, principalmente das florestas tropicais, com apenas um género originário da costa da África Ocidental, no Golfo da Guiné.

As bromélias não são parasitas como muitas pessoas pensam. Na natureza, aparecem como epífitas (simplesmente apoiando-se em outro vegetal para obter mais luz e mais ventilação), terrestres ou rupícolas (espécies que crescem sobre as pedras) e compõem uma das mais adaptáveis famílias de plantas do mundo, pois apresentam uma impressionante resistência para sobreviver e apresentam infinitas e curiosas variedades de formas e combinações de cores. As bromélias estão divididas em grupos chamados géneros - que hoje são mais de 50 e mais de 1400 espécies. A maioria das espécies de um mesmo gênero tem características e exigências iguais. Géneros diferentes requerem diferentes variações de luminosidade, rega e substrato.



Reflexão:

As bromélias são plantas que se encontram nas zonas com verdejantes do planeta, as florestas tropicais. Estes locais possibilitam o seu crescimento devido à estabilidade do clima e à enorme quantidade de vegetais, assim, são características das florestas americanas. Um facto curioso, é a grande diversidade de géneros em que são classificadas e o conjunto de relações tróficas que possuem com os seres vivos que as rodeiam, podendo mesmo encherem-se de água e conseguirem albergar larvas.
Estes seres vivos são bastante adaptáveis, no entanto, dada a crescente desflorestação de grandes florestas, não poderão estar em risco de se extinguirem? A Humanidade terá de saber parar este fluxo, pois não só a vida de várias espécies poderá estar em risco, como também existem outras consequências, como alterações de clima e das correntes marítimas.



Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Brom%C3%A9lia

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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A célula e a membrana plasmática

Cada célula é uma nação com as suas leis, as suas populações de moléculas e a sua economia próprias. Cada célula, como cada nação, começa na fronteira, a membrana plasmática. Só a manutenção de um controlo de fronteira mais ou menos apertado pode permitir a sobrevivência da célula, como da nação, impedindo a entrada de visitantes e mercadorias indesejados e facilitando, ou mesmo promovendo, as trocas que favorecem a economia.


As nações têm de aceitar regras que, não sendo por vezes aparentemente do seu interesse directo, lhes permitem uma integração no conjunto que acaba por lhes ser benéfica. Assim, também as células de um organismo se adaptam umas às outras e, através da membrana, recebem verdadeiras “embaixadas” provenientes de outras células, cuja função pode ir da imposição de restrições até ao auxílio, passando pelo simples reconhecimento.
Como as fronteiras das nações, a fronteira da célula pode não ser 100% eficaz: “contrabandistas
”, como as toxinas, ou mesmo “exércitos inimigos”, como os agentes patogénicos, conseguem, por vezes, atravessá-las.
Quando as nações deixam de cumprir as regras entre si estabelecidas, criam-se situações que põem em causa o equilíbrio das relações internacionais. As células cancerosas são células que se modificaram e, entre outras coisas, “fecharam as fronteiras” tornando-se surdas às informações que lhes são exteriores, quebrando o padrão de comportamento desejável para a harmonia do conjunto. Passam assim, a pôr acima desta, os seus “interesses egoístas”, gerando-se situações de “corrida aos recursos” que acabam por levar à destruição de todo o sistema que é o organismo e, por acréscimo, de si próprias.
(Guadalupe, 1996)


Reflexão:
O texto em cima apresentado é elucidativo quanto à importância da membrana plasmática para a célula. A funcionalidade da membrana, que é condição essencial para a sobrevivência da célula, e consequentemente do organismo, é garantida pela sua estrutura e composição. Desta forma, conhecer quais os elementos que fazem parte da membrana, bem de como se organizam, é fundamental para perceber as propriedades desta e por “arrasto”, as implicações para a célula. Assim, neste texto temos uma visão um pouco diferente da célula, em que achei interessante a hierarquização e as comparações realizadas pelo autor!



Fontes:
http://biogeo1.wordpress.com/category/membrana-plasmatica

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Introdução à célula

A célula é a unidade básica da vida. É a unidade estrutural e funcional de todos os seres vivos.
Os organismos multiplicam-se, reproduzem-se, sendo estes processos efectuados através das células.
A forma de vida mais simples que é capaz de produzir cópias de si mesma, é a célula.

As células foram descobertas em 1665 por Robert Hooke, ao examinar lâminas de cortiça num microscópio rudimentar. Hooke observou cavidades poliédricas, às quais chamou células (do latim cella, pequena cavidade). Na prática observou paredes vegetais de células vegetais mortas.
As células são limitadas por uma membrana celular (citoplasmática) e no seu interior contém uma solução aquosa, o citoplasma. No citoplasma encontram-se dispersas numerosas estruturas designadas no seu conjunto por organelos.
As células podem ser divididas em dois grandes grupos, consoante possuem ou não uma estrutura designadas por núcleo. De acordo com esta divisão temos as células: procarióticas e eucarióticas.
As células procarióticas não possuem núcleo e o prefixo pro, significa anterior e karyon provém do grego noz ou amêndoa, que é semelhante à forma que um núcleo apresenta numa célula. As células eucarióticas apresentam núcleo, onde o prefixo eu- quer dizer verdadeiro, ou seja, células que apresentam um verdadeiro (eu) núcleo (karyon).


As células procarióticas são relativamente simples (comparativamente às eucarióticas) e são as que se encontram nas cianobactérias. São organismos unicelulares constituídos por uma só célula.




As células eucarióticas podem ser encontradas em seres unicelulares e pluricelulares. São células complexas que se encontram nos animais, plantas e fungos.




Reflexão:
Este artigo introdutório, é uma das bases da biologia, pois a célula é a unidade fundamental da vida no nosso planeta. É a condição para um ser, se considerar vivo, os vírus não são classificados, desta forma, pois não se formam a partir de células preexistentes, são assim acelulares.
As células encontram-se divididas, de acordo, com as suas características, em eucarióticas e procarióticas. Deste modo, o entendimento dos processos biológicos depende do estudo das células e dos seus constituintes.



Fontes:
http://www.malhatlantica.pt/cnaturais/celula.htm

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Ser vivo da semana...Golfinho


Classificação científica:

Reino: Animalia

Classe: Mammalia

Ordem: Mamíferos Cetáceos

Família: Delphinidae




Actualmente, são conhecidas 37 espécies de golfinhos, dentro dos de água salgada e água doce, a espécie mais comum é a Delphinus delphis.
São nadadores privilegiados, às vezes, saltam até cinco metros acima da água, podem nadar a uma velocidade de até 40 km/h e mergulhar a grandes profundidades. A sua
alimentação consiste basicamente em peixes e lulas. Podem viver de 25 a 30 anos e dão à luz a um filhote de cada vez. Vivem em grupos, são animais sociáveis, tanto entre eles, como com outros animais e humanos.
A excelente
inteligência que possuem é motivo de muitos estudos por parte dos cientistas. Em cativeiro é possível treiná-los para executarem uma grande variedade de tarefas, algumas de grande complexidade. São extremamente brincalhões, pois nenhum animal, excepto o homem, tem uma diversidade tão grande de comportamentos que não estejam directamente ligados às actividades biológicas básicas, como alimentação e reprodução.
Possuem o extraordinário sentido orientação por ecos ou biosonar, que utilizam para nadar por entre obstáculos ou para caçar suas
presas.


Reflexão:
Os golfinhos foram desde sempre animais que me fascinaram devido, à sua inteligência e ao comportamento que têm quando estão em contacto com o homem. No entanto, estes fabulosos animais são perseguidos por tubarões, orcas segundo respectivas as teias alimentares marinhas e pelo próprio ser humano que, na maioria das vezes, procede à caça ilegal deste cetáceo e destrui vários habitats marinhos! Sem dúvida, que os golfinhos são dos animais mais admirados por mim, dada a sua beleza e as suas habilidades, mas também graças ao seu sistema acústico que lhe permite obter informações sobre outros animais e o ambiente, pois estes conseguem produzir sons de alta frequência!


Fontes:

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domingo, 15 de fevereiro de 2009

Classificação de Whitakker

Na tentativa de facilitar a compreensão da evolução da vida na Terra e da actual diversidade de seres vivos, os biólogos utilizam sistemas de classificação, agrupando os seres vivos de acordo com as suas relações filogenéticas. Um dos sistemas mais usado é o de Whitakker que foi apresentado em 1979.
O sistema de classificação de Whittaker modificado tem por base quatro critérios fundamentais:
  • tipo de célula, procariótica ou eucariótica;
  • organização celular, unicelulares ou pluricelulares;
  • tipo de nutrição, autotróficos (fotossintéticos ou quimiossintéticos) ou heterotróficos (nutrição por ingestão ou absorção);
  • interacção nos ecossistemas, produtores, consumidores (macroconsumidores ou microconsumidores) ou decompositores.

No reino Monera, Whittaker agrupa seres vivos procariontes (sem organelos e com parede celular), unicelulares, autotróficos (foto ou quimiossintéticos) ou heterotróficos (nutrição por absorção), produtores ou microconsumidores. As bactérias pertencem a este reino.

Nos protistas, são agrupados seres vivos eucariontes (com ou sem parede celular e alguns com cloroplastos), na sua maioria unicelulares, solitários ou coloniais, autotróficos (fotossintéticos) ou heterotróficos (nutrição por absorção ou ingestão), produtores, microconsumidores ou macroconsumidores. As algas e as amibas são exemplos de protistas.

O reino Fungi inclui organismos eucariontes, sem cloroplastos e alguns com parede celular, neste grupo com quitina, a maioria multicelular, mas com diferenciação celular reduzida, heterotróficos (nutrição por absorção) e microconsumidores. São exemplos de fungos os cogumelos, os bolores e as leveduras.

No reino Plantae são agrupados organismos eucariontes com parede celular de natureza celulósica e com cloroplastos, multicelulares com uma diferenciação celular e tecidular progressiva, autotróficos (fotossintéticos) e produtores. Este reino engloba as plantas como a funária, o polipódio, o pinheiro e a roseira.

O reino Animalia é constituído por organismos eucariontes sem parede celular e sem cloroplastos, multicelulares, com um progressivo grau de diferenciação, heterotróficos (nutrição por ingestão) e macroconsumidores.

Reflexão:
Um dos aspectos mais fascinantes da vida na Terra é o número extraordinário de espécies que alberga, estima-se que na Terra existam cerca de 30 milhões de espécies de organismos, como tal o Homem teve a necessidade de dividi-los, de modo, a que o seu estudo fosse mais minucioso, no presente a representação de Whitakker é uma das mais utilizadas, no entanto está constantemente a ser actualizada devido à descoberta de novos seres vivos pela ciência.
Neste momento, cabe principalmente,nao Homem, saber cuidar a biodiversidade que existe no seu planeta, evitando as extinções em massa, a poluição, a destruição de habitats e a caça furtiva!

Fontes:
http://www.infopedia.pt/$sistema-de-classificacao-de-whittaker

sábado, 14 de fevereiro de 2009

O que é um ecossistema?

Um ecossistema é o conjunto dos organismos que vivem num determinado lugar e das características ambientais que influenciam a sua existência. Por exemplo, um bosque, o ecossistema inclui as plantas e os animais, os sais minerais disponíveis no terreno, os gases da atmosfera, a duração das estações, factores climáticos como a temperatura e a parte precipitação, entre outros. Por sua vez, todos os ecossistemas da Terra formam a biosfera.



O que diferencia os vários ecossistemas, porém, é a sua capacidade de manter constantes as características que possuem, como por exemplo o número de espécies e de indivíduos, independentemente de circunstâncias inevitáveis, como seca. Atingir este equilíbrio não é fácil e geralmente só é possível onde estiverem presentes, simultaneamente, organismos fotossintéticos, decompositores e substâncias minerais (luz e água).
Além disso, para que seja possível a criação de um ecossistema estável, todos os seres vivos deverão estar aptos a conviver uns com os outros e adaptar-se às características do lugar onde vivem. Quando tais condições se verificam, um ecossistema comporta-se como um grande organismo: entre os seus elementos são estabelecidos mecanismos que permitem controlar os efeitos dos eventos casuais, exactamente como acontece entre os órgãos de um corpo. Por exemplo, se o solo empobrece em sais minerais, é provável que muitos organismos morram e que as substâncias contidas no seu corpo fertilizem o solo.



Reflexão:
Através da leitura deste texto podemos concluir que num ecossistema estável, todos os elementos interagem entre si de forma tão estreita, que é impossível considerar uns sem avaliar a influência exercida pelos outros. Deste modo, o ecossistema tem de possuir um determinado equilíbrio entre a componente biótica (os seres vivos) e a componente abiótica (os factores ambientais). Só desta forma conseguimos obter «a harmonia na biosfera»!



Fontes:
GALLAVOTTI Barbara; Enciclopédia Universal; Volume 14 - A Terra; Asa Editores; 2001

A medicina e novos progressos... Células estaminais

As células estaminais podem marcar o início de uma nova era da medicina, curando doenças mortais com tecidos e órgãos feitos à medida. Para já, porém, os limites da ciência e da política dividem a opinião pública.

Uma célula transforma-se em duas e duas células em quatro. As células multiplicam-se e formam uma estrutura composta por muitas células, uma esfera tremeluzente de potencial humano. Há muito que os cientistas sonham em colher essas células de um jovem embrião humano para que, em condições de esterilidade, reproduzam o milagre que acontece no útero: transformar-se nos cerca de 200 tipos de células que constituem o corpo humano. Células hepáticas. Células cerebrais. Pele, ossos e nervos. O sonho é iniciar uma revolução médica que permita reparar órgãos e tecidos doentes, não por meio de dispositivos rudimentares (como as bombas de insulina e as articulações de titânio), mas com substitutos vivos, à medida do doente. É o começo de uma nova era da medicina regenerativa, um dos santos graais da biologia moderna.
Contudo, as revoluções geram quase sempre grande entropia. Em Novembro de 1998, quando James Thomson, um cientista da Universidade de Wisconsin, informou ter colhido com êxito células de embriões excedentários disponíveis em clínicas de fertilidade e criado a primeira linha de células estaminais embrionárias humanas, ele e os outros cientistas desencadearam uma controvérsia inesperada. Em circunstâncias normais, uma descoberta como esta teria desencadeado uma importante linha de investigação.
Porém, sucedeu o contrário, pois a descoberta foi envolvida nos meandros, por vezes turbulentos, da religião e da política. Algumas pessoas consideram os embriões como membros vulneráveis da sociedade, detentores de direitos, e acreditam que a colheita de células a partir de embriões é semelhante ao canibalismo. Chamam a atenção para um admirável mundo novo de “quintas de embriões” e “fábricas de clonagem” para o cultivo de componentes humanos. Defendem igualmente que os cientistas podem chegar aos mesmos resultados utilizando células estaminais adultas (células imaturas presentes na medula óssea e noutros órgãos dos seres humanos adultos, bem como no cordão umbilical deitado fora à nascença).
Os defensores contrapõem que as células estaminais adultas, embora úteis no tratamento de algumas doenças, não provaram ainda ter capacidade para produzir todo o tipo de células geradas pelas células estaminais embrionárias. Realçam que os criopreservadores das clínicas de fertilidade estão repletos de milhares de embriões supérfluos destinados a serem destruídos.
Todos esses embriões são mais pequenos do que o ponto final desta frase. Não possuem características individuais, nem traços de um sistema nervoso. Se os pais concordarem em doá-los, dizem os apoiantes, falta de ética seria não os utilizar na investigação pela cura das doenças. Poucos criticam as potencialidades terapêuticas das células estaminais embrionárias.



Reflexão:
Na minha opinião, as células estaminais são o ponto de partida desta revolução genética. Uma vez que o ser humano pode tratar doenças, através da regeneração das próprias células. No entanto, este tema tem gerado grande controvérsia entre a igreja e politicamente, mas todas as revoluções geram, cabe ao Homem agora conseguir impor limites ao avanço verificado para que este não seja utilizado com outros fins, diferentes dos inicialmente previstos! Esta técnica já tem vindo a ser implementada, e as estatíticas apontam para a cura de 60 doenças, os cientistas também esperam conseguir encontrar o tratamento para a doença de Alzheimer!
Esta foi a minha primeira postagem sobre a medicina e os seus progressos, e espero que seja a primeira de muitas!



Fontes:

http://www.nationalgeographic.pt/articulo.jsp?id=1211018

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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Um novo tema... a Biologia

A vida manifesta-es das mais variadas formas, esta surgiu pela primeira vez, há cerca de 3500 milhões de anos, com o aparecimento das primeiras bactérias, no fundo do mar e a partir daí tem evoluído nos mais diversos sistemas.
A ciência que se ocupa do estudo da vida é a biologia, e é sobre esta disciplina que a BioTerra se vai debruçar durante o resto do ano lectivo.
Ao longo, desta unidade serão abordados vários temas desde a célula a sistemas mais complexos como Ecossistemas e serão criados novos espaços para dinamizar o blog!
Dentro dos espaços cuja criação esta prevista, destaco o grupo sobre «a Medicina e os seus progressos» e «o ser vivo da semana», inicialmente estes grupos serão quinzenais e semanais respectivamente, mas se tiver disponibilidade tentarei mudar a periodicidade destes.
Nesta nova fase do blog, espero que este continue a ser um elemento de estudo a quem o consulte e quero pedir aos visitantes que comentem os artigos publicados e que façam sugestões para eventuais melhorias!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Investigação acerca do interior da Terra

O estudo acerca do interior da Terra esteve sempre condicionado pela impossibilidade da recolha directa de dados. Contemporaneamente as actividades investigativas baseadas em métodos directos estão relacionadas, essencialmente, com o estudo dos produtos emitidos durante os vulcões, as lavas, os piroclastos e outros materiais arrastados pelas erupções, e com as perfurações e sondagens da crusta e muito raramente do manto. Vários projectos de perfuração da crusta oceânica foram apresentados ao longo dos tempos!


O Deep Sea Drilling Project (Projecto de Perfuração dos Fundos Oceânicos) forneceu várias informações, entre os anos 1968 e 1983 a partir do barco Glomar Challenger. Actualmente, o Ocean Drilling Program reúne cientistas de diversos países, no barco laboratório Joides Resolution, apostados em continuar o levantamento das características de toda a crusta oceânica.

Apesar destes projectos de grande envergadura tecnológica, as principais linhas de investigação acerca da estrutura interna da Terra assentam em métodos indirectos de estudo, como é o caso, do estudo e análise do comportamento das ondas sísmicas no globo.
Uma das linhas de investigação mais recente recorre à técnica de tomografia sísmica. Esta técnica consiste em manipular informaticamente um conjunto de registos de ondas sísmicas que atravessaram uma determinada zona. A determinação das regiões onde os vários tipos de ondas sísmicas se deslocam com maior ou menor velocidade só é possível com a utilização de tal tipo de tecnologia!

Outras técnicas indirectas passam por simular em sofisticados aparelhos alguns processos que ocorrem no interior da Terra. É o que se passa com a bigorna de diamantes opostos, utilizada para simular as pressões existentes no interior da Terra, o que permite conhecer o comportamento dos minerais perante diferentes estados físicos.

Através do estudo dos métodos directos e indirectos foi possível diferenciar o interior da geosfera. Assim, existem dois modelos que tentam representar do interior da Terra, um deles baseia-se na composição dos materiais (modelo geoquímico), e divide a Terra em crusta terrestre, manto e núcleo, o outro faz referência ao comportamento físico desses materiais (modelo físico), diferencia a litosfera, a astenosfera, a mesosfera e a endosfera.




Reflexão:

È assim, através da análise dos diferentes modelos representativos da geosfera, que os cientistas conseguem conhecer melhor o interior do nosso planeta, compreendendo e estudando as causas de alguns dos fenómenos que ocorrem à superfície!
Desta forma, chegamos ao fim do Tema da Geologia, a partir de agora, será abordada outra unidade, a Biologia!

Fontes:
COSTA Alexandre; MATOS Jorge; GAIBINO Rui; Eco Terra, Plátano Editora; Maio 2002