BioTerra

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Transporte nos animais: esquematizando


Fluidos circulantes

O sistema circulatório possui vasos onde, no seu interior, circulam fluidos.
No sistema circulatório aberto existe apenas um fluido circulante, a hemolinfa e podemo-la considerar como uma espécie de mistura do sangue e da linfa.
Estes fluidos (sangue e linfa) no sistema circulatório fechado encontram-se separados, assim sendo, em animais com este tipo de sistema além do sistema circulatório sanguíneo, também apresentam um sistema circulatório linfático. 99% da linfa circula nos vasos - linfa circulante – 1% entra em contacto directo com as células – linfa intersticial – aumentando assim a eficácia das trocas das substâncias.
O sangue é formado por uma parte líquida – o plasma – e por elementos figurados – as hemácias, os leucócitos e as plaquetas.
A linfa é formada apenas por plasma e leucócitos.




















Os fluidos circulantes funcionam como um veículo transportador de diversas substâncias:
  • Transporte de nutrientes (pelo plasma);
  • Transporte de oxigénio (pelas hemácias);
  • Remoção de dióxido de carbono (pelo plasma e em menor quantidade pelas hemácias);
  • Transporte de células e anticorpos.
Reflexão:
Os fluidos circulantes são veículos de transporte, distribuição e remoção de diversas substâncias. Por exemplo, se nos debruçarmos sobre a linfa verificamos que desempenha um papel importante na eficiência dos sistemas circulatórios fechados , pois nestes o sangue não banha directamente as células. Assim, as células mais próximas dos capilares efectuam trocas rápidas, enquanto que nas mais afastadas o processo decorre lentamente. Deste modo, a linfa ao banhar de forma directa as células amplia a eficácia das trocas sobretudo nas zonas mais afastadas dos capilares, sendo um veículo de transporte de nutrientes e que permite remover os produtos de excreção.
Fontes:
http://biogroup11.blogspot.com/2007/03/fluidos-circulantes.html

Sistema circulatório



Reflexão:
Para mim, nenhum outro órgão representa tão bem o espírito humano, a própria existência do coração é a pulsação da vida. Este órgão impulsionador bate cerca de 2, 5 biliões de vezes durante uma vida humana.
Aqui, fica uma pequeno vídeo do sistema circulatório duplo e completo, com as respectivos trajectos: circulação pulmonar e circulação sistémica, entre outros elementos revelantes para o conhecimento deste órgão.

O coração humano

No homem, a circulação é feita através de um sistema fechado de vasos sanguíneos, cujo centro funcional é o coração. Este órgão vital do corpo humano, muscular, bombeia o sangue permitindo a sua circulação pelo resto do corpo, através de veias e de artérias, apresentando uma forma cónica ou de pirâmide triangular, castanho-avermelhado com quatro cavidades.


Divisão do coração

O coração é dividido por um septo vertical em duas metades. Cada metade é formada por duas câmaras: uma aurícula e um ventrículo . Entre cada câmara há uma válvula, a tricúspide do lado direito, e a bicúspide do lado esquerdo. Estas válvulas abrem-se em direcção dos ventrículos, durante a contracção das aurículas. Na aurícula direita chegam as veias cava superior e inferior, e na aurícula esquerda, as quatro veias pulmonares. Do ventrículo direito sai a artéria pulmonar e do ventrículo esquerdo sai a artéria aorta.



Estrutura e funções

A actividade do coração consiste na alternância da contracção (sístole) e do relaxamento (diástole) das paredes musculares das aurículas e ventrículos. Durante o período de relaxamento, o sangue flui das veias para as aurículas, dilatando-as de forma gradual. Ao final deste período, as paredes contraem-se e impulsionam todo o seu conteúdo para os ventrículos.
À sístole ventricular segue-se imediatamente a sístole auricular. A contracção ventricular é mais lenta e mais energética. As cavidades ventriculares esvaziam-se quase que por completo em cada sístole, depois, o coração fica em um completo repouso durante um breve espaço de tempo. A frequência cardíaca normal é de 72 batimentos por minuto, em situação de repouso.
Para evitar que o sangue, impulsionado pelos ventrículos durante a sístole, reflua durante a diástole, há válvulas localizadas junto aos orifícios de abertura da artéria aorta e da artéria pulmonar, chamadas válvulas semilunares.
Outras válvulas que impedem o refluxo do sangue são a válvula tricúspide, situada entre a aurícula e o ventrículo direito, e a válvula bicúspide ou mitral, entre a aurícula e o ventrículo esquerdo.


Reflexão:
Tal como os mamíferos e aves, o homem tem um sistema circulatório fechado, e uma vez que o seu sangue percorre dois trajectos diferentes (passa duas vezes pelo coração) e não se verifica a mistura do sangue arterial com venoso, dizemos que ocorre uma circulação dupla e completa. Este é o sistema circulatório mais eficaz no fornecimento de energia às células, que, assim, podem produzir mais energia e libertar mais calor corporal, que mantém temperatura destes seres constante.
É neste órgão humano condição sine qua none à vida, que tudo começa desde que os bebés saem dos ventres das suas mães até ao momento em que fechamos os olhos!!!



Fontes:
http://www.webciencia.com/11_05coracao.htm

terça-feira, 28 de abril de 2009

Sistemas de transporte nos animais

Tal como acontece com as plantas, os animais também necessitam de efectuar trocas com o meio exterior , nomeadamente, de receber oxigénio e nutrientes e eliminar dióxido de carbono e outros materiais decorrentes do processo metabólico. Assim, em todos os animais, as células estão rodeadas por um fluido intersticial, com o qual estabelecem as trocas de materiais. À medida que os animais se tornam mais complexos, os seus sistemas de transporte tornam-se mais especializados.

Os animais mais complexos podem apresentar dois tipos de sistemas de transporte:

_Sistemas circulatórios abertos: a hemolinfa abandona os vasos sanguíneos, ocupando o hemocélio.

_Sistemas circulatórios fechados: o líquido circulante designa-se sangue e, em condições normais, nunca abandona os vasos sanguíneos. As trocas de substâncias realizam-se entre o sangue dos capilares e a linfa que envolve as células – linfa intersticial. O sangue fornece oxigénio e nutrientes e recebe produtos resultantes do metabolismo celular.



Nos sistemas circulatórios abertos, a hemolinfa tem uma velocidade de circulação menor. Contudo em animais mais complexos e com taxas metabólicas mais elevadas, há necessidade de fornecer com maior rapidez, oxigénio e nutrientes e, por outro lado, remover os produtos tóxicos resultantes do metabolismo. Esta situação e conseguida pelos sistemas circulatórios fechados.


Tipos de circulação

Os sistemas circulatórios fechados podem ser organizados de forma que a circulação seja simples ou dupla, podendo, neste último caso, considerar-se completa ou incompleta.

Circulação simples – o sangue só passa uma vez pelo coração em cada circulação;

Circulação dupla – o sangue passa duas vezes pelo coração em cada circulação, efectuando assim dois trajectos diferentes, permitindo assim que o sangue circule com maior pressão existindo assim um fluxo mais vigoroso de sangue a atingir os tecidos dos diferentes órgãos. Assim podemos compreender dois tipos de circulação: sistémica e pulmonar.

  • Circulação dupla completa – Não há mistura de sangue venoso com sangue arterial, ao nível do coração (aves e mamíferos). Coração com quatro cavidades: duas aurículas e dois ventrículos.
  • Circulação dupla incompleta – Há mistura parcial de sangue venoso com sangue arterial, ao nível do ventrículo (Anfíbios). Coração com duas cavidades: duas aurículas e um ventrículo.


Reflexão:

Todos os seres vivos necessitam de realizar trocas de substâncias com o meio envolvente, esta é uma das condições fundamentais à manutenção da vida, estas trocas são asseguradas pelos sistemas de transporte. Nesta postagem, estão confrontados alguns deles. Assim podemos afirmar que: nos peixes, a pressão sanguínea nos vasos que se dirigem para os tecidos é mais baixa do que nos outros vertebrados. Dado que nos peixes, os vasos que se dirigem para os tecidos vêm das brânquias (e não passam novamente pelo coração), contrariamente aos outros vertebrados, em que o sangue proveniente dos pulmões, passa pelo coração para ser bombeado com maior pressão para os tecidos, então a oxigenação deles é pouco eficiente.
Entre os tipos de sistemas apresentados existem mais diferenças, por isso, peço ao leitor que deixe as suas opiniões.

Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_circulat%C3%B3rio

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Ser vivo da semana...Águia de cabeça branca


Classificação científica:

Reino: Animalia

Classe: Aves

Ordem: Falconiformes

Família: Accipitridae




A águia-de-cabeça-branca ou águia-americana (Haliaeetus leucocephalus) é uma águia nativa da América do Norte e o símbolo nacional dos Estados Unidos da América. No passado, estas aves eram alvo comum para guarda-caças, que as viam como pragas, por isso, foram caçadas e envenenadas quase até à extinção.

O comprimento do seu corpo é de aproximadamente 80 cm e a sua envergadura varia entre 1,8 m a 2,4 m. Possui asas quadrangulares e garras fortes, para agarrar e matar as presas. Os seus olhos proporcionam uma excelente visão e podem olhar para a frente e para os lados ao mesmo tempo.

Como outras aves de rapina, possui um bico forte com a extremidade recurvada para rasgar a carne e bordas afiadas para penetrar a pele.
Estas aves formam casais permanentes e quando os filhotes conseguem voar e caçar sozinhos, são expulsos do ninho pelos pais, que lhes negam alimento.


Reflexão:
A águia de cabeça branca símbolo oficial dos Estados Unidos há mais de dois séculos, esteve à cerca de 20 à beira da extinção. No entanto, hoje é uma das poucas espécies cujo estatuto foi alterado, passando de «em perigo» para «ameaçada», devido ao esforço que de diversas campanhas, pois esta não fosse uma ave com poder místico para os nativos americanos (acreditavam que uma única pena conferia grandes poderes ao seu portador).
Para além, destes detalhes desta ave de rapina também achei interessante o facto, de os pais expulsarem os filhos dos ninhos quando estes já sabiam voar e caçar. Apesar de situações como estas serem comuns na natureza, relembrou-me o quão especial o homem, todos nós sabemos, que não sobreviveríamos sozinhos, em idade tão precoce. Esta característica, salienta a vulnerabilidade do homem em relação aos seus progenitores e a ligação que estes mantém durante muito tempo.



Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81guia-de-cabe%C3%A7a-branca

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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Transporte no floema: hipótese do fluxo de massa

A hipótese de fluxo de massa ou fluxo de pressão é uma das mais aceites relativamente ao transporte floémico. Esta hipótese admite que a translocação floémica ocorre devido a um gradiente nas concentrações de sacarose. Este gradiente é estabelecido entre uma fonte (região da planta onde a sacarose entra no floema) e o local de consumo (região da planta onde a sacarose sai do floema).

Hipótese de fluxo de massa: Modelo que explica a deslocação da seiva nos vasos condutores, proposto por Ernst Münch em 1927. De acordo com esta hipótese, a sacarose desloca-se através dos vasos crivosos desde as fontes de produção, folhas e órgãos de reserva, no período da utilização das reservas, até aos locais de utilização que são os tecidos ou órgãos em formação ou crescimento, e os órgãos de reserva durante a fase de acumulação de reservas.



Reflexão:
Chegamos assim ao fim de mais um capítulo de biologia, a partir deste momento já podemos distinguir os sistemas de transporte que existem nas plantas e quais os respectivos mecanismos, conseguindo avaliar a viabilidade biológica destes procedimentos
.
Fontes:
http://biologiavirtual-transporte.blogspot.com/2008/03/transporte-no-floema.html

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Os Grandes Ambientes Naturais

A vegetação de regiões distintas e longínquas, abriga diferentes espécies, por vezes, o clima destes locais assemelha-se muito, o que não surpreende, pois os problemas ambientais são os mesmos. Assim, nos climas quentes e secos vivem quase sempre plantas carnudas, no entanto as espécies de cactos dos desertos americanos são diferentes das dos desertos africanos.



Plantas semelhantes determinam por sua vez a presença de animais semelhantes: onde quer que haja erva, há herbívoros que a comem, sejam eles cangurus ou bisontes.

Zonas com o mesmo clima, onde vivem comunidades de organismos organizadas mais ou menos da mesma forma, são designadas biomas pelos ecologistas. A presença de um determinado bioma é determinada pelas características climáticas locais, sobretudo pela pluviosidade e temperatura.

Assim, nos pólos, a presença perene dos gelos não permite aos vegetais sobreviverem, pelo que a vida desenrola-se principalmente nas águas marinhas. Afastando-nos dos pólos, o clima torna-se menos rígido, as precipitações mais abundantes e a estação invernal é cada vez mais curta.

Deste modo, segundo as características do solo, a temperatura, o clima, proximidade aos pólos, entre outras originam ambientes como a tundra, a taiga, florestas temperadas, florestas tropicais….



Reflexão:
Os ambientes naturais albergam variados elementos da fauna e flora mundiais. Por isso, acho importante conhecermos estes ambientes melhor, pois existem várias condições que são idênticas entre estes e outras que os marcam.
Estas regiões a nível mundial são fontes de oxigénio, de biodiversidade e que nos oferecem uma pluralidade de funcionalidades estão muitíssimo vulneráveis.
Como tal periodicamente serão publicados neste espaço diferentes habitats, para assim podermos conhecer melhor os seus seres vivos, as suas especificidades e o seu contributo para fenómenos, como os de precipitação ou seca, entre outros. Temas estes que têm vindo a ser abordados na disciplina de biologia.
Fontes:
GALLAVOTTI Barbara; Enciclopédia Universal; Volume 14 - A Terra; Asa Editores; 2001

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terça-feira, 21 de abril de 2009

Curiosidades... Habitats

  • A redução para metade o tamanho de um habitat diminui em 90% o número de espécies que esse habitat pode suportar.

  • Devido exploração humana, é provável que uma área de terra intacta maior do que a América do Norte se perca ou se degrade nos próximos 30 anos.

  • A perda de habitat é o principal factor de declínio de 83% das plantas e de 40% das aves ameaçadas no mundo.

  • As florestas tropicais fazem parte dos territórios terrestres mais ricos. Todos os anos é destruída uma área de floresta tropical equivalente ao território da Polónia.

  • Os recifes de coral são os mais ricos dos habitats aquáticos. Ao ritmo actual de perda, 60% dos recifes do mundo estarão mortos dentro de apenas 40 anos.


Fontes:

GALLAVOTTI Barbara; Enciclopédia Universal; Volume 14 - A Terra; Asa Editores; 2001

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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Ser vivo da semana...Albatroz-de-cauda-curta

Classificação científica:

Reino: Animalia

Classe: Aves

Ordem: Ciconiiformes

Família: Procellariidae





O albatroz-de-cauda-curta (Phoebastria albatrus) é uma ave marinha do Pacífico Norte. Esta ave apresenta alguns comportamentos e características morfológicas que a aproxima dos albatrozes do Oceano Antártico. Apesar de já ter sido uma espécie populosa, quase extinguiu devido ao comércio de penas, no entanto a sua população tem vindo a aumentar, fruto das medidas de conservação implementadas, no entanto o seu território de reprodução mantém a espécie em risco.

Esta ave de grande porte, tem uma envergadura de asa de 3 m, 90 cm de comprimento e 4,3 kg de peso. Pode distinguir-se das outras duas espécies de albatroz que compartilha a mesma distribuição geográfica, o albatroz-de-laysan e o albatroz-patinegro, pelo seu tamanho maior e pelo seu bico cor-de-rosa (com uma extremidade azulada), e também, através da sua plumagem característica, a adulta é principalmente branca, com asas negras e cabeça amarelada, já as dos jovens é acastanhada.
Ao contrário das aves terrestres, os albatrozes bebem água salgada. O excesso de sal no sangue é eliminado por uma glândula que segrega «lágrimas» salgadas a partir de um canal perto dos olhos.



Reflexão:

Com três espécies aparentadas, o albatroz-de-cauda-curta é na minha opinião o mais interessante e apelativo pela sua plumagem e bico. No entanto, por causa das suas penas serem utilizadas como motivos decorativos, esteve quase extinto. Felizmente, na actualidade está a recuperar, apesar disso o seu estatuto ainda é vulnerável.
Os aspectos que mais me impressionaram foi o seu relativamente longo período de vida , os albatrozes podem viver entre 40 a 60 anos e que alguns deles são grandes viajantes, há casos que relatam que estes voaram cerca de 3200 km.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Albatroz-de-cauda-curta

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domingo, 19 de abril de 2009

Universidade de Coimbra adverte para efeitos electromagnéticos do telemóvel no Homem

Utilizadores preocupam-se mais com estética de telemóveis do que com níveis de radiação.

A maioria dos utilizadores de telemóvel desconhece os níveis de radiação do seu aparelho, preocupando-se mais com questões estéticas ou tecnológicas quando tem de escolher um modelo, alertou o especialista Santos Rosa. O professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (UC) adverte que o utilizador comum ainda não se consciencializou com a problemática das radiações electromagnéticas e dos seus efeitos na saúde humana.

"As pessoas compram os telemóveis por serem bonitos, por terem ou não 3G, porque têm uma câmara melhor, têm ou não mp3 e nunca vêem o SAR",(Specific Absorption Rate, em português Taxa de Absorção Específica, a quantidade de energia que o corpo absorve quando se está ao telemóvel).




"No outro dia, tinha 200 alunos à minha frente e acho que só três viam o SAR", referiu. Na Europa, o limite de SAR estipulado é de 2,0 watts por quilograma, calculados sobre dez gramas de tecido corporal, o mesmo que em Portugal.

Santos Rosa diz que este é o "chamado limite prudente perante as condições práticas que existem", nomeadamente a falta de consenso na comunidade científica sobre os efeitos das radiações electromagnéticas na saúde humana, "mas não é seguramente o limite que biologicamente devêssemos querer". O valor de SAR varia consoante o modelo de telemóvel, se o utilizador está numa zona de boa ou má cobertura e, inclusive, um mesmo modelo pode ter níveis diferentes de radiação.

"Basta haver uma ligeira alteração no material em que é feito o telemóvel, como a capa, para alterar o valor de energia que a cabeça vai absorver", refere Daniel Sebastião, investigador do Instituto das Telecomunicações (IT).

Radiação electromagnética

Para Santos Rosa, a radiação electromagnética "pode até ser inócua", mas trata-se de algo "que não é natural", pelo que recomenda "bastante cuidado, tendo em conta que um ambiente artificial pode ter consequências que se desconhecem".

A alerta é mais perigosa quando estão em causa crianças, aconselhando a moderação no uso do telemóvel "porque a parte cerebral e as defesas imunitárias ainda estão a desenvolver-se".

Segundo Daniel Sebastião o limite de SAR foi estipulado para não se chegar ao "efeito térmico", em que as radiações, "ao atingirem os tecidos, provocam um aumento de temperatura".

"Se [o efeito térmico] for muito elevado pode provocar danos na saúde" e é nisso que os limites estão baseados, explicou. Daniel Sebastião recorda no entanto que ainda não foi provado que abaixo do limiar térmico não haja efeitos na saúde, mas os estudos realizados "mostram que se os limites forem cumpridos, em princípio não haverá problema". O mesmo especialista diz ser "mais ou menos consensual que as exposições até dez anos, em princípio, não provocarão cancro", mas lembra que acima deste período "ainda não existem resultados fiáveis porque há muito poucas pessoas que utilizam o telemóvel há mais de uma década".


Reflexão:

Neste texto são abordados dois assuntos. A questão da importância relativa que as pessoas atribuem à componente estética e à emissão de radiação electromagnética de um telemóvel e os níveis seguros de emissão/absorção de radiação.
Quanto ao primeiro aspecto, não me surpreende. Pensar dá trabalho e na maioria dos casos os aspectos estéticos são sempre valorizados em detrimento da segurança ou, noutro contexto, do real valor e importância de algo.
Quanto aos níveis de segurança de exposição, parece-me que a estratégia de definição dos níveis de exposição, como em muitos outros aspectos, não é conclusiva porque depende do tempo desde do qual se utiliza o telemóvel, mas espero que não se assista a um caso semelhante ao que ocorreu com a descoberta dos malefícios do tabaco, que só passados vários anos é que se conhecer as verdadeiras consequências.
Assim, com esta postagem pretendo alertar o leitor para os parâmetros que deve ter em conta na escolha de um telemóvel e só espero que não venhamos a saber na "pele" que afinal os telemóveis sempre tinham o seu lado negro da moeda e não apenas o lado bom que nos vendem, estético, cómodo, e de estarmos contactáveis em qualquer local.
Fontes:
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=30629&op=all

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Transporte no xilema: hipótese da tensão-coesão-adesão

A hipótese da tensão-coesão-adesão explica a ascensão da seiva bruta desde a raiz até às folhas com base na existência de uma relação entre a absorção radical e a transpiração estomática ao nível das folhas. Constitui um dos modelos mais aceites para explicar o transporte de seiva xilémica.

Hipótese da tensão-coesão-adesão: A ascensão da seiva bruta é explicada pela dinâmica criada por dois fenómenos relacionados: a transpiração estomática a nível foliar e a absorção radicular. A energia solar é a principal responsável pela transpiração, pondo em movimento ascendente a coluna de água e solutos. Na ascensão da seiva bruta intervêm vários fenómenos sequenciais:



  • Perda de água por transpiração, ao nível das folhas (1), cria um défice de água, o que origina uma força de tensão que se transmite até ao xilema e a partir deste às células da raiz e à solução do solo, o que determina a absorção de água na raiz (3);
  • As moléculas de água unem-se por pontes de hidrogénio, devido a forças de coesão, o que vai facilitar sua ascensão em coluna (2);
  • As moléculas de água também estabelecem ligações com as paredes dos vasos xilémicos, por acção de forças adesão que vão facilitar, também, a ascensão em coluna da água (2);
  • A água ascende sob a forma de uma coluna contínua.




Reflexão:
A hipótese da tensão-coesão-adesão é a mais aceite pela comunidade cientifica, pois explicita os fenómenos de condução das seivas em árvores como as sequóias gigantes, com 115 metros de altura e 8 metros de diâmetro. É assim deste processo crucial que a maioria das plantas obtêm do solo a água e os iões que necessitam. Na próxima publicação, será referenciado o o transporte no floema.

sábado, 18 de abril de 2009

Transporte no xilema: hipótese da pressão radicular

O fluxo passivo da seiva xilémica para a parte superior da planta é bastante rápido e pode alcançar uma altura de mais de 100 metros.

Várias teorias têm sido sugeridas para explicar o movimento de ascensão da água e dos solutos, principalmente iões minerais, uma vez chegados ao xilema. As teorias desenvolvidas recorrem à acção de forças físicas para explicar esse movimento.

A teoria da pressão radicular caracteriza-se pelo desenvolvimento de uma pressão positiva no xilema, na região das raízes, que serve para impulsionar a seiva bruta para cima.

Pressão radicular: Tipo de pressão que permite que a água absorvida pela raiz se desloque até à extremidade superior da planta. Admite-se que esta pressão tanto é devida à osmose, desde o solo até ao interior da raiz, como a um transporte activo em consequência dos sais do xilema que possibilita um gradiente de concentração que permite o movimento da água.


Teoria da pressão radicular:
  • A contínua acumulação de iões nas células da raiz tem como consequência a entrada de água para a raiz da planta por osmose.
  • As forças osmóticas geram uma pressão que poderá explicar a ascensão de água no xilema, em algumas situações.
  • O efeito da pressão radicular pode ser observado quando se efectuam podas tardias em certas plantas, verificando-se a saída de água pela zona dos cortes, num processo conhecido por exsudação.
  • Quando a pressão radicular é muito elevada, a água é forçada a subir até às folhas, onde é libertada sob a forma líquida, num fenómeno designado por gutação.




Reflexão:

Esta teoria que tenta explicar o transporte xilémico, não é suficientemente coexistente para explicar a subida rápida da seiva, sobretudo a grandes alturas. Por outro lado, existem plantas que não possuem pressão radicular, como é o caso das coníferas. Assim, conclui-se que a pressão radicular colabora na ascensão da seiva bruta, no entanto é insuficiente para explicar o fenómeno.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

O transporte nas plantas: xilema e floema

Nos organismos pluricelulares mais complexos, como as plantas vasculares, não é possível a troca de substâncias entre as células e o meio externo, directamente. As plantas vasculares desenvolveram não só um sistema radicular que lhes permite absorver do exterior água e sais minerais, mas também um sistema condutor formado por dois tipos de tecidos:

Xilema - Também designado por lenho ou tecido traqueano, especializado na condução de água e sais minerais desde a raiz até aos restantes órgãos das plantas, transporta a seiva bruta (água e sais minerais) e é constituído por quatro tipos de células:

  • Elementos de vasos: células mortas com espessamentos nas paredes laterais de lenhina, o que lhes confere rigidez. A sua principal função é a condução de água e sais minerais.
  • Traqueídos: distinguem-se dos anteriores por possuírem perfurações.
  • Fibras lenhosas: células mortas muito longas e com paredes espessas. Têm função de transporte.
  • Parênquima lenhoso: constituído por células vivas de paredes celulares finas. Têm função de reserva.


Floema - Também designado por líber ou tecido crivoso é especializado no transporte de água e de substâncias orgânicas, resultantes da fotossíntese, desde as folhas até aos outros órgãos das plantas. Transporta a seiva elaborada (água, sais minerais e compostos orgânicos) e é constituído por quatro tipos de células:
  • Células do tubo crivoso: células vivas muito especializadas que se ligam-se entre si topo a topo, e cujas paredes transversais, com orifícios, constituem as placas crivosas. A principal função é a condução de água e substâncias orgânicas.
  • Células de companhia: células vivas que se situam perto das células dos tubos crivosos, com as quais estabelecem ligações citoplasmáticas.
  • Fibras liberinas: constituídas por células mortas com paredes espessas. A sua principal função é a de suporte.
  • Parênquima liberino: constituído por células vivas de paredes finas pouco diferenciadas. A sua função é de reserva.




Reflexão:
Entramos num novo capítulo, o transporte nas plantas, devido à complexidade das plantas, nomeadamente, as vasculares foram desenvolvidos sistemas de transporte que permitem a mobilização de substâncias para todas as células do corpo vegetal. Desta forma é assegurada a rapidez e a eficácia das trocas de matéria entre os seres vivos e o meio que os rodeia. Brevemente, serão divulgadas as teorias explicativas do transporte no xilema e no floema.



quinta-feira, 16 de abril de 2009

Fotossíntese




Reflexão:

Este vídeo que encontrei sobre a fotossíntese tem como objectivo explicar este processo realizado pelos seres autotróficos e evidenciar o papel que estes têm na vida de todo o planeta, a forma como estamos ligados a seres vivos que muitas vezes desprezamos e mal tratamos. Todos sabemos que as plantas são essencias à vida, mas diariamente vários hectares de florestas são abatidos. Não estará na altura de valorizarmos processos tão complexos como este e cuidarmos correctamente do nosso planeta?

Peço desculpa por o vídeo estar em brasileiro, no entanto, foi o melhor que arranjei para a explicação da fotossíntese.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Obtenção da matéria pelos seres autotróficos (introdução)

As plantas, as algas e alguns tipos de bactérias são organismos autotróficos, isto é seres vivos capazes de sintetizar a matéria orgânica a partir de matéria mineral. Esta síntese de matéria orgânica, como qualquer reacção anabólica, necessita de energia para ocorrer.

Assim, os organismos autotróficos, quanto á fonte de energia que utilizam, podem ser fototróficos, se utilizam a luz, ou quimiotróficos, se utilizam a energia química.
Então, um organismo que sintetiza matéria orgânica a partir da matéria mineral e utiliza como fonte de energia a luz diz-se fotoautotrófico. Nestes organismos, o processo metabólico utilizado é a fotossíntese. As plantas, as algas e alguns tipos de bactérias são organismos fotossintéticos.



Um organismo que sintetiza matéria orgânica a partir da matéria mineral e utiliza como fonte de energia a energia química, denomina-se quimiotrófico. Nestes organismos, o processo autotrófico utilizado é a quimiossíntese. As bactérias que vivem no solo e integram o ciclo de reciclagem do azoto na biosfera, as sulfurosas e as ferrosas, que vivem nos fundos oceânicos, junto de fontes termais, são quimiossintéticos.


Todos os seres vivos dependem, directa ou indirectamente, dos seres vivos autotróficos, especialmente dos fotossintéticos. É nestes seres vivos que se inicia o fluxo de energia e de matéria que suporta a vida na Terra.


Reflexão:
Uma vez que já estudámos os processos de obtenção da matéria pelos seres heterotróficos e que iniciamos este novo capítulo, decidi publicar um artigo introdutório sobre a obtenção da matéria pelos seres autróficos. Deste modo, tenciono realçar o papel dos seres autotróficos, como a base da maioria das cadeias alimentares terrestres. Sem estes seres não seria possível a existência de seres mais complexos, tal como o Homem!!!


Fontes:

http://madalenamalho.wordpress.com/unidade-1-obtencao-de-materia/